Seu navegador não possui suporte para JavaScript o que impede a página de funcionar de forma correta.
Conteúdo
Notícias

Famílias desabrigadas após incêndio são acolhidas e se preparam para o recomeço em Santos

Publicado: 6 de setembro de 2023 - 16h46

O Centro Esportivo e Recreativo da Zona Noroeste, no Castelo, representa o ponto de partida para algumas famílias que perderam moradias, eletrodomésticos, móveis, roupas e documentos no incêndio ocorrido no Caminho São José (Dique da Vila Gilda), na noite de segunda-feira (4). No equipamento da Prefeitura de Santos, 12 pessoas passaram a noite de terça-feira (5) e, nesta quarta-feira (6), receberam alimentação, roupas, assistência e carinho. 

Joelma da Silva Dantas, 46 anos, que vive de bicos de faxineira, foi uma das moradoras que perderam tudo no incêndio. “Dormi muito bem aqui no abrigo e já tomei café da manhã. O pessoal está sendo muito atencioso conosco”, afirmou, contando que a primeira refeição contava com leite, suco e pães. “Eu morava há 9 anos no barraco, só tinha saído por um tempo para ir morar em Praia Grande, mas depois acabei voltando”. Salvar os documentos foi um alívio para Joelma. “Na pressa, consegui sair com a bolsa, onde estavam os documentos”.

Quem também dormiu no abrigo emergencial foi Elizangela Santana de Aguiar, 25, e seu filho Henry Lucas, 2. Quando começou o fogo, na noite de segunda-feira, ela preparava a mudança para o Conjunto Habitacional Tancredo Neves III, em São Vicente. Morando há cerca de quatro anos no barraco, Elizangela tinha apenas providenciado o transporte da cama e de seu fogão para a nova moradia. “Dormimos bem aqui. O tratamento está sendo muito bom. Consegui sair com os documentos”.

O abrigo emergencial montado no Centro Esportivo também passou a receber, desde terça-feira (5), centenas de peças de roupa, sapatos, caixas com garrafas de água potável e cestas básicas. As peças de roupa estão sendo separadas por sexo e faixa etária. As doações estão sendo concentradas no Fundo Social de Solidariedade de Santos. 

CADASTROS

Até esta quarta-feira (6) foram cadastradas 412 famílias desabrigadas, em trabalho realizado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Seds) desde as primeiras horas do incêndio. Essas informações estão sendo cruzadas com os dados das secretarias de Saúde, Educação e da Cohab Santista. 

Com base no cadastro final das famílias desabrigadas em decorrência do incêndio será realizado o pagamento do auxílio emergencial, anunciado pelo prefeito Rogério Santos, e ratificado no decreto de “situação de emergência”, publicado nesta quarta-feira, no Diário Oficial do Município.

O primeiro auxílio, que deve ser pago ainda este mês, será de R$ 1.200: R$ 600 de ajuda para o pagamento de aluguel e mais R$ 600 para apoio na compra de pertences perdidos no sinistro. A partir do segundo mês, as famílias passarão a receber R$ 600 mensais até serem atendidas por programas habitacionais.

As vítimas também serão acompanhadas por assistentes sociais e psicólogos, para que seja feito o encaminhamento específico para atender às necessidades de cada morador.

DOCUMENTOS PERDIDOS

Responsável pela unidade Santos da Defensoria Pública do Estado, Lisa Mortensen compareceu com uma equipe do órgão, na manhã de terça-feira, no abrigo emergencial. O objetivo era levantar dados dos desabrigados para providenciar documentos perdidos no incêndio.

Lisa informa que quem ficou sem certidões (de nascimento, casamento ou de óbito de parentes) pode procurar o órgão, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h. A Defensoria Pública do Estado atende na Rua João Pessoa, 241, no Centro.

Esta iniciativa contempla o item 10 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Redução das Desigualdades. Conheça os outros artigos dos ODS.