Santa Casa contará com mais 60 leitos e investimentos públicos
A Santa Casa de Santos terá no próximo ano 60 novos leitos SUS (Sistema Único de Saúde) e recursos adicionais de financiamento por fazer parte das redes Cegonha e de Urgência e Emergência. Estes foram alguns dos anúncios feitos dia 29, no salão nobre da prefeitura, durante a assinatura da contratualização entre a Secretaria Municipal de Saúde – gestor local do SUS - e o hospital de ensino Santa Casa de Misericórdia de Santos.
O convênio, assinado pelos representantes da administração municipal e da instituição filantrópica, tem validade de um ano e pode ser renovado por até cinco anos. Ele estabelece metas para os serviços de atenção à saúde, ensino e pesquisa e gestão hospitalar, para enfrentamento dos problemas regionais do setor e consequente melhoria dos serviços prestados. Um montante de R$ 5,4 milhões por ano está assegurado à entidade, que corresponde ao recurso de incentivo à contratualização. Todo o processo foi homologado pelo Ministério da Saúde e aprovado pelo Conselho Municipal de Saúde.
A Santa Casa é reconhecida pelos ministérios da Saúde e Educação como hospital de ensino desde 2007. Por ano, a instituição capacita mais de 1.400 pessoas, entre estudantes de cursos técnicos e universitários, residentes médicos e multiprofissionais e especialistas em 15 áreas da medicina.
Durante a solenidade, a secretária municipal de Saúde, Maria Lígia Pereira, explicou que atualmente a Santa Casa disponibiliza 365 leitos SUS - 53 deles de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) - e passará a contar com 60 novos leitos (30 deles de UTI) com a implantação da Rede de Urgência e Emergência (voltada para pacientes graves), já aprovada pelo Ministério da Saúde. Isso representará ampliação de 20% dos leitos públicos. “A Santa Casa foi escolhida por todos os municípios para ser o hospital porta de entrada desta rede para as regiões da Baixada Santista e Vale do Ribeira”, disse Maria Lígia.
Para esta finalidade, a instituição receberá investimento de R$ 6 milhões, além do custeio anual de R$ 27 milhões. Já com a Rede Cegonha, que visa melhorar o atendimento às gestantes e bebês, serão investidos R$ 1 milhão e haverá o custeio anual de R$ 2,6 milhões. O provedor da Santa Casa, Manoel Lourenço das Neves, agradeceu à prefeitura pelos esforços para garantir o repasse de recursos ao hospital. “Mais de 50% dos nossos atendimentos são para pacientes do Sistema Único de Saúde”, afirmou Neves.
O prefeito João Paulo Tavares Papa ressaltou que a Santa Casa é o ‘coração’ da saúde do litoral paulista e, por isso, são necessários os esforços da sociedade e de todas as esferas públicas (municipais, estadual e federal). “Somente desta forma a Santa Casa terá condições de cumprir com o seu papel de referência de atendimento”, disse Papa, acrescentando que o setor hospitalar da região ainda não possui a infraestrutura necessária, tanto na rede SUS quanto particular, para atender à demanda da população.
Nefrologia e Estivadores
O prefeito também anunciou que irá discutir na Agem (Agência Metropolitana da Baixada Santista) a utilização de recursos do município no Fundo Metropolitano para contribuir ao projeto de ampliação do setor de nefrologia (doenças nos rins) da Santa Casa. A obra está orçada em R$ 2 milhões. Com isso, os aparelhos de hemodiálise deverão passar de 45 para mais de 80.
Papa lembrou ainda que já estão garantidos todos os recursos para reformar, equipar e custear o hospital municipal no imóvel do antigo Hospital dos Estivadores. Para manter a unidade funcionando, são estimados R$ 5 milhões ao mês, os quais estão assegurados com a adesão do município às redes Cegonha e de Urgência e Emergência, do governo federal.