Virada Inclusiva começa em clima de alegria em Santos, com apresentações e atividades esportivas

DATA TAMBÉM MARCOU REGULAMENTAÇÃO DO COLAR GIRASSOL

Em meio ao som de diversos instrumentos musicais, palmas e cantoria, começou a 8ª edição da Virada Inclusiva em Santos, na manhã desta sexta-feira (3). A abertura do evento ocorreu na Praça Mauá, celebrando o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, mas a programação completa, que envolve atividades esportivas e culturais inclusivas em diversos espaços, segue até dia 9.

A abertura ficou por conta da Banda do Lar das Moças Cegas, que trouxe repertório natalino e canções como Aquarela do Brasil, Vida de Viajante e Happy. O ritmo dos instrumentos de sopro e percussão animou quem passava pelo local, bem como os participantes do Projeto Capoeira Escola, que se apresentaram logo em seguida. 

O mestre Márcio, responsável pelo projeto inclusivo de capoeira, conduziu a roda que dançou e jogou ao som do atabaque, pandeiro e berimbau. Participaram as crianças do Grupo de Apoio à Inclusão Social e Profissional (Galp), frequentadores do Centro de Convivência Abase e do Lar das Moças Cegas, que são alguns dos locais onde o projeto é desenvolvido.

Também teve atração direcionada às crianças que encantou os olhos de muitos adultos: a contação de histórias com bonecos inclusivos, pela atriz Carol Porto. Por meio de música e dança, ela falou sobre o carinho praticado mesmo durante o período de distanciamento social, em razão da pandemia do coronavírus, e sobre a importância da inclusão.

“Esta luta não pode ser comemorada só em datas especiais, todo dia é dia de falar de política pública da pessoa com deficiência. Hoje, na 8ª edição da Virada Inclusiva, mais uma vez a gente reforça essa importância, que é um compromisso do governo. Santos é uma cidade para todos e vamos continuar lutando incansavelmente por isso”, disse a vice-prefeita Renata Bravo.

ATIVIDADES ESPORTIVAS INCLUSIVAS

O projeto Fast Wheels também marcou presença no evento, levando esportes adaptados para pessoas com e sem deficiência. Quem passou pelo local pôde participar da corrida em cadeira de rodas, hóquei, rugby e vôlei adaptados. Neste último, o aposentado Luiz Santana da Silva, 47 anos, se divertiu. “Está sendo bacana. É importante que a luta das pessoas com deficiência seja lembrada não só hoje, mas todos os dias, porque a nossa luta é diária”.

Luiz é paraplégico desde que reagiu a um assalto em Cuiabá (Mato Grosso), onde morava, quando tinha 16 anos. Ele foi atingido por três tiros, sendo que um atingiu a coluna, deixando-o sem o movimento das pernas. Morando em Santos há sete meses, ele conta que escolheu a cidade pelos terrenos planos, mas que ainda enxerga pontos de melhorias. “Eu gostei da Cidade, tem muitos locais para fazer atividades, como o calçadão, mas ainda há algumas barreiras arquitetônicas, são pequenas coisas que fazem a diferença”, finalizou.

A programação também contou com a abertura da exposição ‘Ressignificando emoções através da minha arte’, com trabalhos do artista Victor Gabriel dos Santos Soares Imbernon Cortez, 19, que fica aberta a visitação no Paço Municipal até o próximo dia 8.