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Veteranos dos "Jogos Abertos" também atuam nos bastidores

Publicado: 23 de setembro de 2010
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Realizada de 1º a 14 de novembro em vários pontos da cidade, a 74ª edição dos Jogos Abertos do Interior tem a expectativa de ser uma grande celebração ao esporte. Com vocação para a prática esportiva e equipamentos públicos com aulas gratuitas em diversas modalidades, Santos conta com atletas de ponta.

Além dos veteranos que hoje atuam como voluntários em várias atividades dos Jogos Abertos, atletas que se destacaram nas edições anteriores também atuam nos bastidores, alguns deles como professores na Semes (Secretaria Municipal de Esportes), dedicando-se à descoberta de novos talentos.

É o caso da atleta Gilmara Guerrissi Cardoso, que participou de 18 edições dos "Jogos Abertos do Interior", nas modalidades de basquete, vôlei e atletismo, quando era arremessadora de peso, saltadora e ainda fazia revezamentos. "Levávamos as cores da cidade e íamos assistir a competições de outras modalidades. Havia muita união entre os grupos, todos se conheciam e comemoravam a vitória alheia", afirma a atleta.

Para Gilmara, um de seus momentos inesquecívies durante as competições ocorreu na década de 70, após um jogo em que a equipe de vôlei de Santos não levou a vitória. O treinador, no dia seguinte, deu um treino pesado, e a equipe, que enfrentaria Campinas mais tarde, acreditava que novamente iria perder.

Em uma história de força e determinação, em que os próprios limites precisavam ser superados, o time saiu vencedor, mas, como já havia perdido a disputa anterior, levou o bronze.

"O treinador não colocou as medalhas nos nossos pescoços, mas no pé dos atletas. Explicou que aquilo significava um recomeço, e para ostentarmos uma medalha no pescoço, deveríamos dar o nosso melhor. Foi algo que me marcou e influenciou minha trajetória como esportista", explicou Gilmara. "Tudo o que sou, hoje, devo ao eporte. Que isto sirva de incentivo aos atletas que estão começando".

Professor de educação física na Semes, atuando nas áreas de basquele, vôlei e handebol, Gilberto Queiroz, conhecido como "Formiga", destaca os momentos de superação das equipes santistas durante as competições.

"Lembro dos jogos em Franca, em que chegamos à final com Campinas, formada em sua maioria por atletas da Seleção Brasileira. Tínhamos apenas um veterano e o restante formado por garotos entre 16 e 17 anos. Eu estava no meio deles. Não chegamos a ganhar, mas foi um jogo bonito de se ver", afirmou ele, que também destacou a união entre as equipes de diferentes modalidades. "Um dava força para o outro", concluiu.

Gisele Battisti, um dos nomes marcantes da natação no país, e professora de educação física e natação na Semes, também representou a cidade, em 78, em Araçatuba. "Era uma disputa interessante para a seleção dos atletas que formariam a seleção santista. Havia competições em clubes como o Vasco da Gama, Saldanha da Gama e na Unisanta para escolher os melhores".

Representando Santos, na ocasião, ela quebrou o recorde em revezamento 4 x 100 metros, mas, em suas lembranças, o destaque é para a participação de todos os atletas. "A união do grupo era algo muito gostoso. Torcíamos pela superação dos outros. Foram momentos inesquecíveis", finalizou.