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Tombamento da bolsa de café é analisado nesta quinta-feira pelo iphan

Publicado: 6 de dezembro de 2006
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Os conselheiros do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) estarão nesta quinta-feira (7) na Cidade para analisar a proposta de tombamento da Bolsa Oficial de Café. A reunião será às 14 horas, na própria Bolsa (Rua XV de Novembro, 95, Centro), e vai discutir também o pedido de tombamento do Elevador Lacerda, em Salvador, na Bahia e o registro no Livro dos Lugares, da Feira de Caruraru, em Pernambuco. Para discutir as propostas, a reunião, que é a 51ª do Instituto, terá a participação de conselheiros, membros da sociedade civil em áreas afins, como antropólogos, museólogos, arquitetos, urbanistas e historiadores. Também participará o presidente do Instituto e coordenador do Conselho, Luiz Fernando de Almeida. Em 70 anos de existência, nunca foi realizada uma reunião do Iphan no Estado de São Paulo. Anteriormente elas aconteciam no Rio de Janeiro. Com o objetivo de descentralizar, a Superintendência Regional do Iphan de São Paulo pediu para a que reunião fosse realizada em Santos, já que na pauta havia o pedido de tombamento de um patrimônio da Cidade. O pedido de tombamento da Bolsa Oficial de Café partiu da Associação dos Amigos do Museu do Café. Ao término do encontro, o presidente receberá a imprensa. PATRIMÔNIO O prédio da Bolsa Oficial de Café começou a ser construído em 1920 e foi inaugurado no dia 7 de setembro de 1922, em comemoração ao centenário da Independência do Brasil. O edifício foi erguido em Santos porque, na época, a Cidade era a maior praça de café do mundo e muitos países só aceitavam comprar o produto se ele fosse negociado e chancelado na Bolsa. O local funcionou até 1986, mas ficou fechado em alguns períodos, como em 1929, na quebra da Bolsa de Nova York; em 1932, durante a Revolução Constitucionalista, e na 2ª Guerra Mundial. O último pregão aconteceu na década de 1950, quando os negócios do café foram transferidos para a cidade de São Paulo. Até 1986, quando foi desativado, funcionou para a divulgação da cotação do café no mercado internacional. Depois de dez anos fechado, o prédio foi restaurado. Foram 14 meses de trabalho até a reinauguração, realizada em 25 de setembro de 1998. Atualmente ele é mantido pela Associação dos Amigos do Museu do Café. No acervo estão obras de Benedicto Calixto (painéis e vitrais), além do espaço para exposições temporárias. Dentro do projeto museológico estão livraria, biblioteca, arquivo e o centro de preparação do café.