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Sms quer pesquisa sobre presença do mosquito na área do porto

Publicado: 10 de julho de 2002
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Uma pesquisa envolvendo a presença do mosquito transmissor da dengue na área portuária, para saber o peso que essa região da Cidade está representando para a cadeia da transmissão da doença no Município. Esse foi um dos pedidos formulados pela Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Coordenadoria da Saúde Coletiva, à Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), órgão estadual que, entre outras atribuições, deve fornecer subsídios técnicos para as Prefeituras no controle de endemias. A secretaria considera importante, ainda, que a Sucen faça levantando de bueiros e novos esconderijos do mosquito, entre os quais as caixas de cabos ou fiação mantidos pelas empresas de Telefonia e Sabesp, nas calçadas e ruas. Esses equipamentos possuem pequenas aberturas por onde os mosquitos ingressam para depositar seus ovos, uma vez que as caixas também acumulam água da chuva. Cada vez mais, o mosquito busca novos locais, na medida que as ações de controle eliminam os criadouros convencionais. Esse comportamento do vetor está levando a Sucen a pensar em instalar armadilhas em todos os municípios, ou seja, iscas tratadas com veneno, para começar a eliminar as fêmeas do mosquito e seus ovos. Os modelos ideais de armadilha estão sendo pesquisados em conjuntos com universidades. O Município de Santos foi precursor nas ovitrampas, usadas até então apenas para direcionar o bloqueio em locais mais infestados com mosquitos. MAIS ABRANGENTE Embora tenha considerado a pesquisa realizada em maio pela Sucen (cujos dados foram divulgados no último dia 5) como positiva para a elaboração de novas estratégias no combate ao mosquito, a Coordenadoria da Saúde Coletiva de Santos acha fundamental que o levantamento entomológico (sobre os insetos) atinja novos tipos de recipientes que têm sido buscado pelo Aedes aegypti, entre os quais se situam os contêineres localizados em empresas transportadoras e outros criadouros da área portuária. A Sucen pesquisou 24 tipos de recipientes, mas não verificou o Porto e nem as caixas fechadas das estatais, nos logradouros públicos. A pesquisa do órgão estadual abrangeu 12 grandes áreas dos cinco municípios da região (cada qual englobando cerca de 500 imóveis) onde ocorreu o maior número de casos de dengue. Os quase 6 mil imóveis de Santos, São Vicente, Guarujá, Cubatão e Praia Grande, foram criteriosamente vasculhados, do subsolo à caixa d´água. Os tipos de construção foram os mais diversos, representativos de diferentes tipos de moradias, desde conjuntos habitacionais, passando por imóveis comerciais, habitações em áreas insalubres, como palafitas, edifícios de áreas mais nobres, e imóveis especiais de grande concentração humana, como hospitais, escolas e empresas de grande porte. Nesses últimos é que apareceram o maior número de criadouros (17%), vindo em seguida as áreas comuns de edifícios, tais como garagens e subsolos. No contexto geral dos cinco municípios, o mosquito adulto aparece em 28,8% dos 5.5 78 imóveis pesquisados e em 85% dos quarteirões. Já na forma primária, de larvas e pupas, o mosquito aparece em apenas 4,6% dos imóveis, o que seria uma densidade baixa, não fosse o fato de o vetor (alado) ter se espalhado de forma quase uniforme por toda a região. SMS INICIA EM AGOSTO CAMPANHA EM CONDOMÍNIOS E IMÓVEIS ESPECIAIS. Com base nos dados confirmados pela Sucen e na constatação do que já era observado no trabalho realizado pelas equipes do Município, o Programa de Controle da Dengue vai iniciar em agosto, um trabalho educativo junto a administradoras de condomínios, síndicos e sindicatos que reúnem trabalhadores em edifícios, sobre a importância de melhor controle de criadouros nas áreas comuns dos edifícios. Mesmo em condomínios de alto luxo em Santos é comum os agentes da dengue localizarem criadouros em ralos de garagem, em visitas seguidas, o que demonstra que em imóveis onde não existe um responsável definido é mais difícil o trabalho de conscientização. Junto aos prédios públicos a Prefeitura já contratou, no ano passado, 200 trabalhadores voltados apenas para o controle da dengue, que agora passarão por nova reciclagem. E o que se pretende é que o Estado venha a tomar cautela idêntica em seus imóveis.