Seu navegador não possui suporte para JavaScript o que impede a página de funcionar de forma correta.
Conteúdo
Notícias

Profissionais da saúde recebem capacitação para teste do pezinho

Publicado: 26 de junho de 2003
0h 00

Em breve, profissionais da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) estarão realizando o teste do pezinho, exame que é feito no bebê e possibilita a descoberta precoce de várias doenças que causam lesões mentais e até a morte. A capacitação nesse sentido foi realizada ontem( 26), quando 150 profissionais, entre médicos e enfermeiros, receberam ainda treinamento sobre as doenças que atingem bebês, como o hipotireoidismo congênito e hemoglobinopatias, além da fenilcetonúria, com parte dedicada à dieta e tratamento. O treinamento aconteceu na Rua XV de Novembro, 195, 10º andar, no período da manhã e tarde. A responsável pelo Laboratório da Apae, em São Paulo, a endocrinologista pediatra Lene Garcia foi uma das professoras que realizaram o treinamento. Já a enfermeira Joana Carneiro Silva ensinou a coleta do teste do pezinho. O teste do pezinho consiste na punção de sangue do calcanhar do recém-nascido. Com técnicas para a eluição do sangue e de análises muito sensíveis é possível detectar doenças como fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito e hemoglobinopatias. A fenilcetonúria ou PKU é doença genética do metabolismo das proteínas. As crianças portadoras não possuem uma enzima que faz a quebra do aminoácido chamado fenilalanina (PHE), que é encontrado em todos os alimentos protéicos. Importantes para a construção e reparo dos tecidos, as proteínas alimentares acabam trazendo problemas para os portadores dessa doença. Por essa razão é necessário o acompanhamento da criança com fenilcetonúria por equipe multidisciplinar e uma dieta controlada que ofereça a quantidade de PHE necessária para o crescimento, evitando, sem excesso, um desenvolvimento cerebral normal. Para o controle adequado são realizadas dosagens de fenilalanina no sangue. Já o hipotireoidismo congênito está relacionado com a falta de produção de hormônio tireoidiano, pela má função da glândula tireóide. A doença provoca retardo mental, sendo importante o diagnóstico precoce. As hemoglobinopatias envolvem patologias genéticas que modificam a estrutura da hemoglobina, que por sua vez não realiza sua função normal. Entre as hemoglobinas estudadas estão as Hb, C, D, E, e S. Essa última é a mais comum, e provoca a Anemia Falciforme.