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Principal sala da Casa do Trem recebe nome de restauradora da cidade

Publicado: 23 de agosto de 2012
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O reconhecimento pelo seu papel na conservação e valorização dos patrimônios históricos de Santos marcaram a homenagem póstuma prestada nesta quinta-feira (23) à artista plástica e restauradora Maria Inah Rangel Monteiro (1954 - 2009). Ao som do Quarteto de Cordas Martins Fontes, autoridades, familiares e amigos participaram da cerimônia que concedeu o nome da artista à sala de exposição de armamentos da Casa do Trem Bélico.

"Exemplo de competência e amor à cultura santista, Inah conseguiu uma legião de adeptos. Hoje, temos em Santos uma nova geração de restauradores, que é tão importante para o Brasil", disse o prefeito João Paulo Tavares Papa, lembrando o trabalho pioneiro realizado pela artista, pelo qual ela ensinou a moradores do Monte Serrat as técnicas de recuperação dos nichos da Via Crucis localizados aos longo das escadarias do morro. Ela também deu aulas no projeto Oficina Escola, da Secretaria de Planejamento, que oferece capacitação em restauro a jovens santistas.

Durante a solenidade também foi destacada a participação da artista na elaboração do livro "Esculturas Urbanas", em parceria com a jornalista Rosangela Menezes, o fotógrafo Tadeu Nascimento e o designer David Cardoso. Considerada referência na recuperação das riquezas artísticas e arquitetônicas, Maria Inah atuou durante muitos anos na Secretaria de Cultura, e coordenou a conservação e restauração do acervo de arte do Paço Municipal.

Emocionadas, a filha Cassia Monteiro Cascione e a irmã Maria Inês Monteiro afirmaram: "Para nós, familiares, ela já é eterna e com essa homenagem fica também eternizada na memória da cidade".

Participaram do evento representantes da Fams (Fundação Arquivo e Memoria de Santos), do Instituto Histórico e Geográfico de Santos, Unip e do Núcelo de Arte e Cultura do Litoral Paulista,

Exposição
Na sala de exposição da Casa do Trem Bélico, mais de 90 peças podem ser conferidas pelo público de terça a domingo e também nos feriados, das 11h às 17h. As peças são parte do acervo particular de Aldo João Alberto, diretor da Associação dos Combatentes de 1932 de Santos.

Entre elas, armas usadas nas guerras do Paraguai, dos Canudos e na Revolução de 32, além de curiosidades, como a carabina "chuchu", primeira e única arma militar projetada por um brasileiro. A Casa do Trem fica à Rua Tiro Onze, 11 (entre as ruas Visconde do Rio Branco e Xavier da Silveira), no Centro Histórico.