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Prefeitura defende que acordo do rio seja adotado em caráter temporário

Publicado: 6 de abril de 2001
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O movimento deflagrado pelos estivadores e trabalhadores do bloco em protesto pela transferência da escala dos serviços das categorias para o Órgão Gestor de Mão-de-Obra (Ogmo), entra, hoje (07), no seu 12º dia. A reunião prevista para ontem (06), entre os sindicatos e o Ogmo, acabou não acontecendo, uma vez que o órgão gestor decidiu não enviar representantes. Diante do impasse, os representantes da Prefeitura passaram o dia ao telefone, buscando a interferência de autoridades federais e também do governador Geraldo Alckmin, para que o conflito possa ser resolvido. Como saída imediata para a crise, defende-se que seja adotado em Santos, o mesmo acordo firmado no Rio Janeiro, por um período de 30 dias, para que durante esse prazo as duas partes definam, com a participação do Ministério Público, um sistema consensual de forma de escala. Estabelecido em outubro passado, para um período de 60 dias, o acordo do Rio continua em vigência. Assinalando que o pacto foi definido com a participação do Ministério Público. A sistemática está dentro da lei (de Modernização dos Portos) e, portando pode ser aplicada também em Santos. Se é lei é para todo o País, por que lá pode e aqui não?, ponderou. A mesma argumentação fez também ao ministro-chefe da Casa Civil, Pedro Parente, para o qual enviou inclusive fax do documento que está vigorando no Porto carioca. De acordo com a Administração Municipal, 75% do Porto santista está funcionando. Ainda assim, segundo informações da Codesp, o faturamento de R$ 1 milhão/dia passou, em razão do movimento, para R$ 100 mil. Isso significa, acrescentou ele, que o que não está operando é o Porto público. POSIÇÃO REAFIRMADA Por volta das 12 horas, foi recebido um telefonema da direção do Ogmo e foi informado que o órgão não iria à reunião programada para a tarde com os sindicatos. Assim, se encontrou com os empresários portuários, que reafirmaram a posição de fazer a escala com rodízio numérico, sistema com o qual os trabalhadores não concordam. Na tarde de ontem, a direção do Ogmo e do Sindicato dos Operadores Portuários (Sopesp) convocaram entrevista coletiva. O presidente do órgão gestor, André Canoilas, reafirmou que a entidade é ré na ação civil pública movida pelo Ministério Público do Trabalho e, portanto, não pode negociar o cumprimento da sentença que determinou a transferência da escala. Já o presidente do Sopesp, Antônio Carlos Rodrigues Branco, disse que a greve dos trabalhadores está trazendo prejuízos para operadores, para a Codesp, para a população da região e para o comércio exterior brasileiro, que perde financeiramente e também em credibilidade. Disse, ainda, que os empresários já aceitaram as regras de empréstimo de R$ 71 milhões junto à Caixa Econômica Federal (CEF), para implantação do Plano de Desligamento Voluntário (PDV). O pagamento será feito em cinco anos, totalizando R$ 125 milhões. A pendência, de acordo com Branco, é a aceitação da Caixa de que o empréstimo sai em nome do Ogmo.