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Porto: negociações vão prosseguir hoje em santos

Publicado: 3 de abril de 2001
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Após dois dias de longas reuniões na sede da Procuradoria Regional do Ministério Público do Trabalho, em São Paulo, as negociações entre os sindicatos dos Estivadores e dos Trabalhadores do Bloco com os operadores portuários vão prosseguir, hoje (06), agora novamente em Santos. A Prefeitura vai continuar intermediando a tentativa de entendimento para o impasse que paralisa o Porto de Santos há 11 dias, envolvendo a transferência da escala de trabalho para o Órgão Gestor de Mão-de-Obra (Ogmo). Às 15 horas, os representantes do executivo deverão se reunir com sindicalistas e representantes do empresariado. Já o Ministério Público do Trabalho deu por encerrada a sua participação com o encontro de ontem (05), quando as duas partes estiveram próximo de um acordo. Mas, em assembléia realizada à noite, na Praça Mauá, os estivadores rejeitaram a proposta do Ministério Público, de que trabalhadores aposentados da categoria fossem contratados pelo Ogmo para fazer a escalação. Os estivadores também votaram a favor da continuidade da paralisação. Ainda assim, considera-se que houve um pequeno avanço nas negociações e a Prefeitura está empenhada em intermediar uma solução para o conflito porque todos perdem com a paralisação do Porto. A proposta de contratação, pelo Ogmo, de escaladores e trabalhadores do bloco inativos como escaladores foi apresentada no início da reunião de ontem, por volta das 11h40, pelo procurador-geral do Ministério Público do Trabalho, Guilherme Mastrichi Basso. Após um rápido recesso, os sindicatos fizeram uma contraproposta, exposta pelo executivo santista: a contratação dos 24 escaladores pelo Ogmo, com registro em carteira, mas saindo estes do quadro de três mil trabalhadores registrados no órgão gestor. Por sua vez, o Ogmo, representando pelo seu gerente de operações, Nélson Domingos de Giullio, se dispôs a aceitar a proposta, mas com a aplicação da decisão judicial e a absorção pela Prefeitura dos 24 atuais escaladores a serem dispensados. Os debates para que um acordo fosse firmado prosseguiram com os presidentes dos sindicatos da Estiva, Vanderlei José da Silva, e dos Trabalhadores do Bloco, João Aristides Saldanha Fonseca, propondo acordo nos moldes feitos no Rio de Janeiro, com as categorias dos portuários e o Ogmo local e referendo do Ministério Público. O pacto feito no Rio tem sistemática semelhante à utilizada pela Estiva, há 65 anos, em Santos, pela qual a distribuição do trabalho compatibiliza critérios como o tipo de serviço e habilidade ou mesmo condições físicas do portuário. Entre outros, participaram da reunião o secretário estadual de Relações de Emprego e Trabalho, Walter Barelli, e o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva.