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Pms trabalha para combater o fumo

Publicado: 8 de agosto de 2003
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Especialistas reunidos na Conferência Mundial sobre Tabaco e Saúde, que acontece em Helsink, na Finlândia, ouviram um alerta: é preciso fazer mais para combater o tabagismo, no sentido de que os governos de todo o mundo criem tratamentos para fumantes nos programas de controle ao tabagismo. Apesar do apelo por parte dos conferencistas ter acontecido na última terça-feira (5), a Prefeitura de Santos, desde maio de 2000, vem realizando um trabalho de combate ao fumo e seus malefícios, criando, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o grupo "Saúde" de Fumantes Anônimos (FA), com a realização de reuniões semanais. Os encontros acontecem todas as quintas-feiras, das 20 às 22 horas, na sede da Seção Núcleo de Atenção ao Toxicodependente (Senat), à Rua Paraíba, 110. O grupo é pioneiro na Baixada Santista e o segundo do Brasil, seguindo os moldes de um encontro que acontece no Hospital das Clínicas, em São Paulo. Segundo técnicos da Senat, as reuniões têm as mesmas características de outros grupos anônimos (Alcoólicos, Neuróticos), como a seqüência dos 12 passos e as 12 tradições. A freqüência oscila de uma semana para outra, tendo a presença de 20 fumantes em algumas reuniões e em outras cinco ou seis. Ainda segundo os técnicos, é muito difícil parar de fumar, já que a dependência é reforçada pela síndrome de abstinência, que acontece de dois a três dias após o abandono do vício. Para participar do grupo de FA não é necessário fazer inscrições. Basta comparecer às reuniões. A Senat mantém ainda grupos de Alcoólicos Anônimos (AA) e Narcóticos Anônimos (NA). Informações pelo telefone 3237-2681. PARCERIA Além dos Fumantes Anônimos, a Prefeitura mantém uma parceria com a Liga de Combate a Nicotina (Licotina), mantida pela Faculdade de Ciências Médicas, da Universidade Lusíadas, que realiza reuniões com tabagistas todas as terças-feiras, das 12 às 14 horas, no Hospital Guilherme Álvaro. Os fumantes têm um acompanhamento médico e psicológico e a Prefeitura realiza os exames necessários para detectar os malifícios do tabagimos. DEPOIMENTO O aposentado Ramon Lyra, de 75 anos, que é o atual coordenador do grupo, é um dos exemplos de que é possível acabar com o vício. Entrei para o grupo com a finalidade de tentar uma cura e após três reuniões já havia parado de fumar" afirmou, ressaltando que fumou durante 60 anos (começou com 10 anos) uma média de quatro maços de cigarros por dia. Mostrando disposição, garantiu que hoje se sente muito melhor, sem falta de ar, com mais disposição para andar e mais apetite. A força do grupo de ajuda mútua é importante porque estimula a determinação. Cada um coloca sua experiência, o que contribui para uma identificação entre os integrantes. A reunião é um remédio para todos, enquanto participamos não fumamos".