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Pesquisa da sucen constata presença do mosquito da dengue em 28,8% de imóveis da região

Publicado: 5 de julho de 2002
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Os dados iniciais da pesquisa entomológica, envolvendo o comportamento transmissor da dengue, realizada em cinco municípios da região, num total de 5.578 imóveis, com características distintas, foram apresentados pela diretora técnica da Sucen, Carmen Glasser a representantes das Secretarias Municipais de Saúde do Litoral Paulista, em reunião realizada ontem no Centro de Estudos da Unesp em São Vicente. A pesquisa confirmou a necessidade de mais recursos humanos para combater o mosquito, que está espalhado em 85% dos quarteirões pesquisados, na forma alada, enquanto que na forma primária (larva e pupa) foi localizado em 42% das áreas levantadas. Dentro dos imóveis, a positividade de criadouros com larvas foi de 4,6¨%, sendo que há criadouros em 17% de imóveis especiais e em 10,5l% de áreas coletivas de prédios. Isso significa que há 0,36 fêmea por cada imóvel ou quase 4 fêmeas em cada dez imóveis. A expansão do mosquito por todas as áreas foi um dos dados mais importantes levantados pela pesquisa, o que demonstra a necessidade de ações de mais qualidade. Em relação aos locais preferidos para as fêmeas depositarem os ovos, os ralos continuam a liderar, com 50% , a lista dos 24 recipientes pesquisados. Desse total, 39% apresentaram positividade de larvas ou pupas. A pesquisa de calhas e lajes foi prejudicada porque houve pouca chuva em maio e merecerá nova análise. Já os objetos inservíveis (descartáveis) apresentaram 2l% de positividade. O índice de breteau geral das 12 áreas pesquisadas foi de 6,9, ou seja, quase sete recipientes positivos em cada 100 imóveis pesquisados. A pesquisa entomológica focalizou 12 grandes áreas dos Municípios de Santos, São Vicente, Guarujá, Cubatão e Praia Grande, que já indicavam grande transmissão. Em Santos os bairros pesquisados foram Embaré, Vila Belmiro, Vila Mathias, Vila Nova, Paquetá, Centro, Areia Branca, Bom Retiro e Santa Maria. HOSPITAIS PREOCUPAM Imóveis especiais como hospitais, escolas e empresas de grande porte possuem índice de breteau altíssimo – 67.2 de recipientes positivos (com larvas do Aedes aegypti) e vão ganhar ações específicas no Plano Emergencial da Dengue para o Litoral. No Município de Santos, um dos desafios é o prédio do Hospital Guilherme Álvaro, referência em Saúde para toda a região, e que por essa razão não poderia apresentar criadouros, alertou Carmen Glasser, diretora técnica da Sucen, ao divulgar ontem os dados da pesquisa entomológica. Os imóveis de grande aglomeração humana – no qual se incluem hospitais - deverão ter equipes especiais atuando, num trabalho de convencimento dos responsáveis, uma vez que as visitas rotineiras dos agentes da dengue, mesmo apontando o problema, não têm surtindo efeito para manter os prédios de grande porte livres de criadouros do mosquito vetor da dengue. PLANO SERÁ LEVADO AO GOVERNO FEDERAL NA QUARTA-FEIRA No período da tarde, os representantes das Prefeituras da região, da Dir XIX e da Sucen, prosseguiram com detalhamento do Plano de Emergência que será levado ao Secretário de Saúde do Estado na segunda-feira (8) e na Quarta-feira, apresentado por José da Silva Guedes, à Fundação Nacional de Saúde (Funasa), do Governo Federal, na busca de mais recursos para o combate na dengue no litoral. O assunto já foi discutido entre o Governo Estadual e Federal, sendo que a contratação do pessoal deverá ser feita pelo Estado, provavelmente via ONG. Na proposta inicial dos prefeitos, pretendia-se a obtenção de cerca de mais 6 milhões de recursos adicionais, para os municípios com transmissão da dengue no Litoral. Já no Plano de Emergência para o Controle de Dengue na Baixada Santista, reelaborado pela Sucen, houve um enxugamento da proposta, com recursos estimados em R$ 2milhões, 853 mil, 865 reais. Para Santos, isso significa a contratação de mais 86 agentes e 10 supervisores, com custo mensal de R$ 62.913,40, e um valor anual a mais de R$ 832.926,20. Ontem(5) à tarde, os representantes da Prefeitura tentavam aumentar um pouco mais esses valores.