Pesquisa comprova aumento na cesta básica

Há mais de três anos, o Diário Oficial de Santos presta um serviço à população com a publicação, todos os sábados, de um levantamento de preços de 13 itens da cesta básica. Acompanhando a evolução dos valores a cada semana, a Seção de Análises Sócio-econômicas, ligada ao Departamento de Orçamento e Gestão, da Secretaria de Economia e Finanças (Sefin), responsável pela pesquisa, verificou, apenas neste primeiro trimestre de 2003, um aumento no custo dos alimentos entre 7,08% e 17,54%, considerando o preço médio mensal da cesta em cada supermercado. Analisando cada item, o maior aumento foi no preço do tomate, que teve uma variação de 30% de janeiro a fevereiro e de 66% de fevereiro a março, em um total acumulado de 115% em apenas três meses. No início do ano, o quilo custava em média R$ 1,20 e hoje já chega a R$ 2,59. Também a manteiga, com aumento de 25% de fevereiro a março, e a batata, que ficou 11% mais cara entre os dois primeiros meses do ano e 8% entre fevereiro e mês passado, encabeçam a lista dos maiores responsáveis pela elevação no custo total da cesta, que em Santos pode chegar a até R$ 170. Estudos recentes, realizados por institutos de pesquisa de São Paulo, concluíram que a cesta básica eqüivale hoje a até 77% de um salário mínimo. MÉTODO Semanalmente seis estabelecimentos são pesquisados, e informam os preços que irão praticar durante aquela semana. A publicação, aos sábados, segue a determinação da Lei 1761/99 e a inclusão dos nomes e endereços dos supermercados atende à Lei Complementar 402/2000. Para a elaboração da lista de itens, foi considerado o Decreto Lei 399, adotado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), que estabelece os produtos necessários para uma família de quatro pessoas. O levantamento de preços da cesta, que reúne apenas gêneros alimentícios, começou a ser publicado no Diário Oficial em agosto de 1999.