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Na segunda-feira trabalhadores e operadores portuários reúnem-se no trt

Publicado: 30 de março de 2001
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Mesmo com os esforços desenvolvidos Prefeitura, visando um acordo entre trabalhadores do bloco, estivadores e operadores portuários, não aconteceram, ontem (30), avanços entre as partes e o movimento que mantém o Porto paralisado continua. Os trabalhadores prosseguiram de braços cruzados, apesar de o TRT haver reconhecido o dissídio de greve, marcando o retorno ao trabalho para o turno das 13 horas. Os oficiais de Justiça não conseguiram intimar os dirigentes sindicais. A multa estipulada aos sindicatos pela desobediência à determinação é de R$ 50 mil por dia. E, ainda ontem, a empresa Multicargo obteve liminar para operar navio no Terminal 26 com mão-de-obra própria. Mas a movimentação dos estivadores no local levou a empresa a desistir da operação de desembarque. Na segunda-feira (02), haverá nova audiência de conciliação e julgamento no TRT, na Capital, e a expectativa da Prefeitura é que algum acordo seja firmado na ocasião. De acordo com a Administração municipal, as partes não abrem mão de suas posições. Apesar do impasse, acredita-se que o acordo possa surgir, uma vez que a paralização prejudica a Cidade num todo e é importante para Santos que o Porto volte a trabalhar. Pela manhã, houve uma reunião com representantes dos trabalhadores e do Ogm. Na Capitania dos Portos, também aconteceu reunião entre os dirigentes do Ogmo e o secretário do Grupo Executivo para Modernização dos Portos, contra-almirante José Ribamar. Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Bloco, João Aristides Saldanha da Fonseca, a atuação da Prefeitura tem sido imprescindível, concluindo que sem ele nossos direitos já teriam sido abortados. Hoje (31), os trabalhadores realizarão assembléia defronte do Armazém 23, rumando em seguida para a Praça Mauá, repetindo o que ocorreu ontem, mantendo as manifestações defronte do Paço. E na segunda-feira, haverá reunião da Intersindical pela manhã, quando será discutida a possibilidade de greve geral. Na avaliação dos sindicalistas, o maior impasse para um acordo tem sido motivado pela intransigência dos agentes do Governo, no caso o Gempo e o Ministério Público do Trabalho, que exigem o cumprimento da lei de modernização dos portos (8.630/93), que estabelece que a escala deve ser assumida pelo Órgão Gestor de Mão-de-Obra (Ogmo). Entre as propostas, ontem, discutidas entre as partes, sugeridas pelo presidente do Ogmo, André Canoillas, com intermediação de representantes do Executivo, uma seria a de manutenção de escala pelo sistema de rodízio, com 80 homens: 40 no período diurno e 40 no período noturno, mas sem qualquer preferência aos 17 membros da diretoria do sindicato na escalação.