Seu navegador não possui suporte para JavaScript o que impede a página de funcionar de forma correta.
Conteúdo
Notícias

Macuco completa mais um ano de existência

Publicado: 7 de outubro de 2005
0h 00

O bairro do Macuco completa neste sábado (8) mais um ano de existência sem que sua idade esteja completamente esclarecida. O dia de aniversário, na última década, tem sido comemorado na data de fundação da Sociedade de Melhoramentos, que está completando 11 anos. A informação é de Rosana Salzedas, 1ª secretária da entidade que, apesar da falta de dados precisos, considera o Macuco o bairro mais antigo da Cidade. Existem documentos de 1840, de acordo com o historiador Costa Silva Sobrinho, indicando que o proprietário da gleba Francisco Manoel Sacramento Macuco havia incorporado ao nome o apelido (gostava de caçar pássaros por diversão em suas terras, principalmente o macuco, característico do local). O novo "sobrenome" foi repassado aos descendentes. Outro historiador, Francisco Martins dos Santos, registra em seu livro História de Santos, de 1937, que com a morte de Dona Luiza Macuco, filha de Sacramento, em 1984, as terras, que haviam sido loteadas em parte, foram entregues à Câmara Municipal (na época não havia Prefeitura em Santos) para serem urbanizadas. Outras referências à Vila Macuco ou Vila Operária já aparecem em mapas municipais de 1903. TRAÇADO ATUAL O Macuco já foi maior do que o tamanho atual, de 1,7 milhão de m², antes de perder parte de sua área para nove bairros vizinhos (Vila Nova, Vila Mathias, Encruzilhada, Boqueirão, Embaré, Aparecida, Estuário, Porto Macuco e Outeirinhos). A última alteração ocorreu com a instituição do Plano Diretor de 2000, quando teve seu traçado ampliado sobre ruas do Estuário. Nessa mesma época foram criados Porto Macuco e Outeirinhos, que quase isolaram o Macuco de toda faixa portuária. Atualmente, o abairramento define como divisas oficiais a Av. Afonso Pena, a partir da Av. Cel. Joaquim Montenegro (Canal 5) até a Rua Campos Melo. O limite oposto, próximo ao Porto, tem um traçado tortuoso passando por trechos das ruas Xavier Pinheiro, Padre Anchieta, João Guerra e Cons. João Alfredo, Av. Cons. Rodrigues Alves, Rua Alm. Tamandaré, além das avenidas Siqueira Campos e Mario Covas. AMOR PELO BAIRRO A indefinição quanto à data da ocupação do bairro e o fato do Macuco ter se tornado um misto de zona residencial e portuária, não impedem de seus moradores declarem seu amor pela região onde moram. A comerciante Roberta Colastri de Oliveira reside nas "casas populares" desde que nasceu, há 35 anos. Tem os prós e os contra, mas não troco por outro bairro. Estabelecida com a lanchonete Express, há quatro anos, nunca foi assaltada e garante que a policia esta sempre presente. Marcelo Fernandes Monteiro é novo no bairro. Reside há um ano e meio em uma casa situada na esquina das ruas João Luzo e Bezerra de Menezes (antiga viúva Soares), pois foi contrato como motorista de carreta da Libra Terminais e alugou uma moradia perto do emprego. Gostei tanto, que pretendo compra uma casa por aqui, garantiu. Osvaldo Florentino da Silva é um dos carteiros que percorre as ruas do Macuco distribuindo boas e más notícias. Dos 31 anos de profissão, 17 deles são dedicados à entrega de correspondências a uma parcela dos 20 mil habitantes do bairro. Todos aqui na região da bacia me conhecem e me respeitam, afirmou. CARACTERÍSTICAS O bairro possui características especiais que o diferenciam dos demais. De maior bairro residencial até a década de 50, abriga agora, grandes empresas ligadas ao Porto, como as de transporte e armazenamento de cargas e conteiners. Em contrapartida tem a religiosidade e a fraternidade como pontos de equilíbrio. Distribuídos por suas avenidas estão a sede nacional da Assembléia de Deus, a Faculdade de Teologia do Ministério Evangélico Vida Nova, a loja maçônica XV de Novembro e a Igreja São José Operário, que mantém a creche escola Nossa Senhora da Divina Providência. A centenária Sociedade São Vicente de Paulo é uma das entidades filantrópicas mais respeitadas do município ao lado da não menos conceituada Associação Casa da Criança. Em relação a equipamentos municipais à disposição da população, a Secretaria de Educação (Seduc) oferece a escola Emei Prof. Antonio Passos Sobrinho e subvenciona a creche da Casa da Criança. Já o Estado mantém a tradicional EE Visconde de São Leopoldo. No transporte coletivo o Macuco também é bem servido, com 17 linhas entre municipais, seletiva e intermunicipais, que fazem o intercâmbio de passageiros entre os demais bairros e cidades vizinhas. Recentemente, a Prefeitura executou uma importante obra de drenagem na Rua Manoel Tourinho. Entre as ruas Emilio Ribas e João Guerra, a antiga tubulação de 80 cm de diâmetro foi substituída por duas fileiras de tubos de 120 cm, quadruplicando a capacidade de vazão das águas das chuvas. A rua também recebeu nova pavimentação, no lugar dos desgastados paralelepípedos.