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Jovens Doutores dão orientações de saúde a colegas de escola em Santos

Publicado: 24 de maio de 2019 - 13h31

“Dentro de um cigarro tem xixi de rato, restos de barata e várias outras sujeiras. Além disso, fumar na gravidez pode trazer problemas para o bebê e para a mãe”, alertou a estudante Cauane Oliveira, 13 anos, a alunos da escola Judoca Ricardo Sampaio, no Caruara, na manhã de quinta-feira (23).

Diante da réplica gigante de um cigarro e vestindo camiseta branca, a jovem estava ali para multiplicar os conhecimentos adquiridos no projeto Santos Jovem Doutor, do qual participa, a estudantes mais novos.

Outros alunos vinculados ao projeto também deram orientações sobre dengue, vírus HPV, diferença de vírus e bactéria, malefícios do cigarro e das drogas, principalmente durante a gravidez, e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), numa ação que ganhou o nome de Quiosque da Prevenção.

No período da manhã as dicas foram dadas aos estudantes de 1º ao 5º ano, que ouviram atentamente os ensinamentos dos mais velhos e, à noite, foi a vez da educação de jovens e adultos e comunidade em geral.

PREVENÇÃO

O Santos Jovem Doutor, em andamento há cinco anos, é uma parceria entre as secretarias de Saúde e de Educação e a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), por meio da disciplina de Telemedicina. O programa desenvolve atividades de prevenção e promoção da saúde com estudantes do ensino fundamental II, trabalhando temas como DSTs, tabagismo, tuberculose, gravidez na adolescência, puberdade, métodos contraceptivos e acne. Para os aprendizado são utilizadas imagens tridimensionais do corpo humano, recursos de computação gráfica, educação à distância e produção de estruturas por meio de impressoras 3D. Atualmente o programa tem 360 participantes em 15 escolas.

 

AÇÃO DIRIGIDA 

“Durante as demonstrações no Caruara, para cada faixa etária foi utilizada uma linguagem diferente. Os alunos menores assistiram ao teatro de fantoches para aprender sobre a dengue; os jovens doutores reproduziram o interior do vírus HPV com uma barraca de criança, além dos jogos e outros trabalhos. Já para o período noturno, os alunos preparam uma fala mais voltada para DSTs e drogas”, explicou a professora responsável pelo projeto na escola, Maria de Lourdes Medeiros Batista.

“Este é o momento dos jovens doutores mostrarem o que pesquisaram, o que aprenderam na plataforma, nas aulas e nos vídeos e também ensinarem para outros seus conhecimentos”, completou Maria de Lourdes.

O idealizador, co-participante do projeto e chefe da disciplina de telemedicina da Faculdade de Medicina da USP, Prof. Dr. Chao Lung Wen, também acompanhou o dia na escola do Caruara. “Vejo aqui três importantes pontos: atitude, criatividade e maturidade. Precisamos cada vez mais transformar conteúdos em atitudes e estes jovens fazem isto muito bem”. 

Adrielly Reis Araújo, 17, é veterana no Jovem Doutor. Ela está no ensino médio, mas continua a frequentar os encontros. “Atuo como monitora e colaboro com os colegas participantes. Continuo aprendendo e não pretendo sair. Com o projeto aprendi a ser pesquisadora e a trabalhar em grupo. Aqui tem amor e respeito. Passamos a ver as pessoas de maneira diferente, sem julgamentos.  

 

Fotos: Susan Hortas 

 

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