Jornalismo regional perde Sérgio Moita

A imprensa da região perdeu Sérgio Moita, um de seus grandes nomes. Ex-editor do Diário Oficial de Santos, o jornalista faleceu às 4h desta quarta (14) em São Paulo, aos 65 anos, em decorrência de complicações cardíacas. O enterro será nesta quinta (15), às 10h, no Memorial Necrópole Ecumênica.

Moita deixa mulher e uma lacuna no jornalismo da Baixada. É considerado o mentor da geração de jornalistas que hoje se encontram nas redações dos principais veículos de comunicação e no exercício de cargos relevantes.

Foi chefe de redação do extinto jornal Cidade de Santos, onde se destacou como repórter de política na época da ditadura militar, sendo colunista e editor. Trabalhou na Prefeitura de São Vicente como chefe de gabinete do então prefeito Koyu Iha, de quem foi assessor parlamentar na Assembleia Legislativa. Também teve passagem pelo governo do Estado e pelo jornal Diário do Litoral, do qual foi editor-chefe.

Na Prefeitura de Santos chefiou o Departamento de Comunicação, anterior à Secom (Secretaria de Comunicação), na gestão do prefeito David Capistrano. Foi editor do Diário Oficial de Santos durante o primeiro mandato do prefeito João Paulo Tavares Papa. Na atual Secom atuou ainda no departamento de internet. Seu último trabalho foi como colaborador da Prossiga Consultoria de Comunicação.

Homenagem
Moita era da geração dos grandes jornalistas autodidatas. A formação na imprensa escrita, no entanto, não o impediu de conectar-se ao chamado jornalismo on-line, setor que logo dominou e no qual obteve destaque.

É lembrado pelos colegas como profissional ético e dono de texto brilhante e criativo. Todos destacam o bom humor, serenidade e delicadeza de Moita no trato com as pessoas.

"Era um gentleman. Sabia corrigir e ensinar os mais jovens. Um mestre e um homem de bem", destaca o ouvidor público municipal, Francisco La Scala Júnior. "O jornalismo perde com a partida dele. Moita deixa um espaço difícil de ser preenchido", diz a jornalista Sandra Perruci.