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Governador promete empenho na regionalização do porto durante o santos export

Publicado: 10 de julho de 2003
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Se depender do empenho do governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, a regionalização do Porto de Santos ganhou, quinta-feira (10) um forte aliado. Garantindo que não medirá esforços para que São Paulo passe a gerenciar o maior porto da América Latina, Alckmin, que participou do Santos Export 2003 – Fórum Nacional para Expansão do Porto de Santos, no Mendes Convention Center, solicitou ajuda dos municípios da Baixada Santista envolvidos com o porto, no sentido de somar esforços para agilizar o processo junto ao Governo Federal. Ainda segundo Alckmin, o Estado não está apenas preocupado com a regionalização, mas também com a reurbanização da área portuária que passa por um processo de degradação. Temos que nos empenhar para melhorar essa situação, conseguindo, inclusive, junto ao Governo Federal, a cessão dos quatro armazéns situados na área do Valongo, comentou, destacando que com a revitalização da região, a Cidade poderá ganhar novos empregos, inclusive implantando terminais alfandegado e umpolo turístico. A promessa de um empenho por parte do governador na luta pela regionalização e urbanização da área portuária partiu de uma solicitação do representante do Executivo, diante da demora do processo de regionalização e da cessão por parte da Codesp dos armazéns 1, 2, 3 e 4 do Valongo. ENCERRAMENTO O Santos Export 2003 – Fórum Nacional para Expansão do Porto de Santos, iniciado quarta-feira no Mendes Convention Center, termina nesta sexta-feira (11) com a presença do secretário de Ciência e Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo de São Paulo, João Carlos de Souza Meirelles. Para a noite de quinta-feira (10), estava prevista conferência do governador Geraldo Alckmin e, para o encerramento, nesta sexta-feira (11), do ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu. O encontro reúne autoridades, entidades e empresas de todo o país ligadas à atividade portuária e tem na programação diária painéis e mesas-redondas, em que se discutem estratégias para tornar mais eficiente o porto de Santos, que é o principal da América Latina, e com isso ampliar ainda mais a exportação de produtos nacionais, o que trará reflexos positivos na balança comercial e na oferta de empregos. A primeira mesa-redonda teve como expositores os representes do Executivo santista, de Guarujá, Maurici Mariano, e de Cubatão, Clermont Castor. Eles expuseram as limitações atuais que enfrentam, como a necessidade de vias perimetrais, estacionamento para caminhões, ampliação da rede ferroviária, criação de distritos industriais alfandegados, entre outros. E apontaram a instalação de retroportos, que atraíssem empresas por meio de benefícios fiscais, como saída para a falta de empregos na região. Santos destacou que, desde 1993, com a Lei de Modernização dos Portos, o movimento de cargas aumentou, mas o PIB diminuiu, porque as cidades vêm perdendo arrecadação de impostos no setor. O Município reivindica o direito de receber impostos dos terminais aqui instalados e aponta como condições para a modernização do porto a sua regionalização e providências, como a perimetral de 12 Km, que solucionaria a questão do transporte de cargas dentro da cidade, estacionamento de caminhões na Alemoa, transformação de quatro armazéns da Codesp, no Valongo, em um complexo turístico, cultural e empresarial e a incorporação de 1.500 m² à Zona Primária, para instalação de distritos industrializados alfandegados. LOGÍSTICA É ESSENCIAL A logística foi tema destacado por todos os participantes do primeiro dia do fórum. Simone Yuri Ramos, representante da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo, apresentou uma projeção em que as exportações crescerão 27% em 2010. Ressaltou que o uso prioritário de rodovias para o transporte de cargas hoje adotado é inadequado, porque encarece os produtos e poderá comprometer o futuro crescimento das exportações: A atual infra-estrutura tem que ser revista e melhorada, se quisermos competir no mercado mundial. José Cândido Senna, da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo, afirmou que a entidade está levantando o perfil das pequenas exportadoras, para agrupá-las em famílias, visando o barateamento do frete, documentação e outros mecanismos necessários à exportação, assim como ganhos de competitividade. Desde outubro de 2000, o site www.logisticainternacional oferece informações sobre essas empresas, aumentando sua visibilidade e tornando possível sua aglutinação. Representando a Codesp, Danilo de Camargo, anunciou que a companhia vai investir na dragagem do porto, está empanhada na criação da perimetral e que, ainda neste semestre, serão visíveis as diferenças no porto: A relação do governo federal com o porto de Santos vai surpreender a população santista. O Santos Export 2003 é promovido pelo Sistema A Tribuna de Comunicação, Associação Comercial de Santos, Codesp, Sopesp e prefeituras de Santos, Guarujá e Cubatão. ESFORÇO CONJUNTO Devemos aproveitar este fórum para acertar entre nós um brutal esforço exportador, propôs o secretário de Ciência e Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo de São Paulo, João Carlos de Souza Meirelles, ressaltando que o México exportou duas vezes e meia mais do que o Brasil, em 2002. Ele destacou a necessidade de o país se adequar à legislação internacional, quanto à certificação de qualidade dos produtos exportados, e de se agregar valor à nossa produção, ampliando o leque de exportações para além dos produtos in natura: Mesmo com o recorde de 29 milhões de sacas de café exportadas em 2002/2003, ainda negociamos o café cru, como faziam nossos bisavós, deixando o mercado do café torrado e moído para outros países. O secretário falou ainda da necessidade de se pensar em sistemas integrados multimodais, que incluiriam rodovias, ferrovias e hidrovias quando possível, um complexo portuário paulista (Santos e São Sebastião) e aeroportos. Ele anunciou a criação do rodoanel sul, que interligará várias rodovias, e sua complementação pelo e ferroanel sul, visando agilizar a movimentação de cargas e a meta de exportação pelo porto de Santos, em 2009: 70 mil toneladas. Ações impactantes já estão em andamento para isso. Estamos internacionalizando alguns aeroportos, para torná-los exportadores, e as perimetrais e retroportos são imprescindíveis, para maximizar a exportação de São Paulo e do Brasil e obter a agregação máxima de valor aos nossos produtos. Para a Baixada, o secretário adiantou que, até setembro será apresentado projeto à Prefeitura de Cubatão, para a instalação de um agroporto no município, que utilizará o cais da Cosipa, a rodovia Piaçaguera-Guarujá e o acesso ferroviário. Ainda este mês, começa a funcionar o call center, serviço que oferecerá por telefone informações necessárias aos exportadores, e, na saída de São Paulo, pretendemos instalar o Centro de Logística, com despachantes, bancos e tudo o que for necessário para facilitar o acesso à exportação, finalizou.