Ginástica olímpica chega ao fim com muita confusão

O torneio de ginástica olímpica dos 46º Jogos Regionais chegou ao fim, ontem à tarde (10/07), comprovando algo que já se atestava em outras modalidades: a cidade de Caieiras, apesar de todo o esforço de seus dirigentes, não tem as mínimas condições para abrigar uma competição deste porte. Apesar do alto nível técnico dos atletas a infra-estrutura montada para realização da modalidade comprometeu o desempenho de todas as equipes e, por muita sorte, não provocou lesões sérias nos participantes. Instalado em uma quadra coberta do Colégio Senemby, em que foi necessária a redução do tablado para prática das apresentações de solo, o local é desprovido de área para fixação de todos os aparelhos da modalidade olímpica – as provas de cavalo e argola não foram realizadas -, possui iluminação inadequada e piso incompatível para o tipo de equipamento utilizado na competição. O maior problema, no entanto, ocorreu nos exercícios da barra fixa, justamente quando se apresentava o atleta Danilo Nogueira, de Santos. Logo após ele fazer a preparação para saída do aparelho, com vários saltos mortais, as duas vigas metálicas de sustentação da barra horizontal se soltaram e, por muito pouco, não atingiram os demais atletas que estavam no banco ao lado aguardando a vez de competir. A prova ficou paralisada por cerca de 30 minutos e foi necessário instalar dois tapetes de borracha, do veículo do supervisor da modalidade, Ruben Rosário, para dar seqüência à competição. Ainda assustado, Danilo Nogueira afirmou que no momento em que se preparava para encerrar sua apresentação sentiu a barra trepidar. Foi muita sorte eu poderia ser lançado ou sofrer uma queda feia, afirmou. Para o presidente do Brasil Futebol Clube, Antônio Carlos da Matta Barreto, a realização das provas em um local inadequado foi um desrespeito aos atletas e ao público. Apesar do investimento alto que as cidades realizam para formar suas equipes, somos obrigados a competir em um local inadequado e que coloca em risco a integridade de todos os atletas, afirmou Matta Barreto. Vamos protestar e exigir melhores condições para competir, pois Caieiras não tem a mínima condição de abrigar uma competição deste nível. É desmotivante e uma falta de respeito descarada contra uma modalidade olímpica como a ginástica. RESULTADOS Apesar dos transtornos, a competição de ginástica olímpica teve seqüência e Santos assegurou o terceiro lugar na classificação geral tanto no masculino, como entre as meninas. Os destaques da equipe, que é representada pelo Brasil FC/Bingonet/Prefeitura Municipal de Santos, foram Joselane dos Santos, medalha de ouro no solo; Felipe Mendonça, medalha de prata no salto e Danilo Nogueira, prata na barra fixa. A classificação por equipes apresentou na categoria livre a seguinte colocação: Masculino – 1) Santo André, 130,95 pontos; 2) Guarulhos, 130,05; 3) Santos, 128,70. Feminino – 1) Guarulhos, 128,45 pontos; 2) Santo André, 123,35; 3) Santos, 122,42.