Frio não espanta os freqüêntadores da ginástica na praia

Com o friozinho que anda fazendo e a neblina que tem tomado conta da Cidade durante boa parte da manhã, acordar cedo para estudar ou trabalhar virou um sacrifício. Pular da cama para ir fazer ginástica na praia, então, pode ser algo impensável. Mas muita gente deixa a preguiça de lado e leva a atividade física a sério. Um bom exemplo disso são as turmas que participam do Programa de Ginástica na praia, desenvolvido pela Secretaria de Esportes e Turismo (Setur) nos postos 2, 4, 5 e 6. No posto 6 – na altura da Rua Alexandre Martins - os cerca de 30 integrantes se encontram todas as manhãs, faça chuva ou faça sol. A professora de Educação Física Simone Miranda, que há quatro anos está no projeto, costuma brincar com a freqüência assídua dos alunos. Quando está chovendo muito e encontro todos eles, embaixo da marquise, me esperando, pergunto se eles vieram para a sessão de terapia. Simone explica que o grupo já virou uma família, realiza festinhas e possui um comprometimento muito maior que numa academia, onde predomina a individualidade. Aqui cada um segue o seu próprio ritmo e distrai a cabeça enquanto exercita o corpo. A dona de casa Angélica Paiva Ribeiro, 55, afirma que o mau tempo não é problema. Depois que você aquece nem lembra mais do frio. O importante é não chegar atrasado para não perder o aquecimento, ressalta. A desempregada Patrícia dos Anjos da Silva, 23, diz que não perde uma aula por nada. Eu faço natação também e já estou acostumada. Entrar na água é muito pior. Mas o campeão da disposição é Vitorino Augusto Ramos, de 67 anos. Ele, simplesmente, estava presente na primeira aula, no primeiro horário – na época 6h da manh㠖 do primeiro dia em que o Programa Ginástica na Praia foi implantado, há 19 anos. Comigo não tem tempo ruim. Aos sábados, quando não tem ginástica, a gente reúne o grupinho de atletas e corre até a Ilha Porchat. Quando tem competições ou campeonatos, estamos lá, avisa.