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Exposição em Santos mostra cultura e legado do surfe no Brasil

Publicado: 16 de março de 2024
9h 03

Em 1964, Edson Tadeu Marques de Almeida, o Edinho, começava a pegar onda na Praia do José Menino. Criado no Marapé, teve os primeiros contatos com a modalidade sobre uma prancha de madeirite. O contato com o mar seguiu e, em 1966, ele já se equilibrava em um modelo conhecido como "caixa de fósforo". As histórias de como Edinho começou a modalidade foram rememoradas na noite de sexta-feira (15), na abertura da exposição Wave Life, uma mostra contando a cultura e o legado do surfe no Brasil, no Praiamar Shopping, na Aparecida.

A mostra segue no local até o dia 31 deste mês. Quem for conferir a Wave Life vai encontrar modelos desde a década de 30 até a usada pelo campeão Ítalo Ferreira, uma "T. Patterson" modelo synthetic, desenvolvida no Brasil pela Silver Surf, quando ele se tornou o primeiro campeão olímpico na história da modalidade, em 2021, nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão. Além dos modelos, estão programados bate papos com praticantes da modalidade e apresentação musical.

Hoje com 70 anos, a paixão de Edinho pelas ondas só crescia ao passar dos anos. E não tinha como: em 1967, ele ganhou do pai, a tão cobiçada prancha de fibra. Mais do que o contato com o mar, ele viu no surfe uma oportunidade de empreender: na raça, criou a Orca, uma conhecida fábrica de pranchas que durou até à década de 70. "Continuo pegando onda hoje, com menos intensidade, mas não paro. Costumo pegar no José Menino, onde tem muita onda boa".

PARA TODAS AS IDADES

Praticante da modalidade há oito anos, o prefeito Rogério Santos destacou que a Cidade é pioneira no esporte. "Eventos como esse se transformam em um ponto de encontro entre os surfistas. Santos é a cidade da cultura do surfe, temos tantos atletas de ponta, atletas em nossas escolas públicas da modalidade, tantas marcas. Eu sou a prova de que não há idade para começar a surfar. O surfe é uma modalidade que encanta tanto as crianças, como os jovens de 80, 90 anos".

Para o secretário de Esportes de Santos, Gelásio Fernandes, os pioneiros da modalidade sempre serão lembrados, não só em Santos. "Muitas pessoas que conhecemos tiveram uma prancha de surfe. Isso está enraizado em Santos. Ficamos felizes em ver exposições como esta porque ajudam a fortalecer a modalidade. Temos cerca de 500 atletas nas escolas públicas de surfe. Esta é uma festa do esporte e do surfe".

Idealizador da primeira escola pública de surfe no Brasil, o coordenador da Escola Radical de Surfe (Posto 2, na Pompeia) e da Escola de Surfe Adaptado (que funciona no Posto 3, Gonzaga), o santista Cisco Araña é o curador da exposição. Ele afirmou que a Wave Life serve para reverenciar os adeptos da modalidade. "É bom para reconhecer de onde partimos até chegar a este momento do surfe, que gerou muitos títulos para Santos, e apresentou marcas da modalidade para outros locais. Em Santos temos famílias praticando a modalidade".

 

Esta iniciativa contempla o itens 3 e 4 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Saúde de Qualidade e Educação de Qualidade. Conheça os outros artigos dos ODS

Fotos: Isabela Carrari