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Educadores do norte e nordeste visitam centro histórico

Publicado: 22 de janeiro de 2002
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A décima turma do Programa Alfabetização Solidária, composta por 109 educadores das regiões Norte e Nordeste do País, visitou as dependências do Palácio José Bonifácio de Andrada e Silva, ontem pela manhã, no Centro. Encantados com as belezas do Paço Municipal, principalmente das salas Prefeito Esmeraldo Tarquínio (Salão Nobre) e Princesa Isabel (plenário da Câmara Municipal) os professores tiveram a oportunidade também de conhecer o Centro Histórico de Santos através de visitas ao Panteão dos Andradas, Ordem Terceira do Carmo e Bolsa Oficial de Café, além do tradicional passeio pelo Bonde Turístico. Há dez dias na Cidade, através do projeto desenvolvido pelo Ministério da Educação em parceria com a Universidade Santa Cecília (Unisanta), os educadores realizam um programa de capacitação para alfabetização de adultos em suas respectivas cidades. A turma atual possui representantes do Amazonas, Pará, Paraíba, Ceará e Pernambuco, em sua grande maioria de municípios do interior do Estado distante das respectivas capitais. Há cinco anos desenvolvemos esse projeto e já temos um dado altamente positivo: cerca de 12 mil pessoas alfabetizadas em todo o País, afirma o professor Roberto Patella, diretor da Faculdade de Ciências da Unisanta. A Santa Cecília foi uma das pioneiras no projeto, que começou um pouco desacreditado, mas que hoje já reúne um total de 100 universidades. NO TIMOR LESTE O sucesso alcançado pelo Programa Alfabetização Solidária, uma iniciativa da Comunidade Solidária presidida pela primeira-dama do País, Ruth Cardoso, instituído há pouco mais de cinco anos já superou as próprias fronteiras do Brasil. Atualmente o projeto atende vários países do continente africano e de outras colônias onde o idioma principal é o português. Responsável pela coordenação de Campo do projeto, o professor da Unisanta, Fábio Giordano, desenvolve as atividades no Timor Leste, uma das áreas internacionais de grande conflito e que tem o idioma português como língua-pátria. Vamos ao Timor Leste de dois em dois meses e o projeto tem alcançado resultados expressivos, afirma Giordano. No início nos concentramos na capital, Dili, mas, a pedido da própria população decidimos ampliar para outras 13 cidades e a Unisanta ficará responsável por dois municípios. A receptividade da população é impressionante e os resultados obtidos são fantásticos, pois estamos capacitando educadores para alfabetizar a população e contribuir para o desenvolvimento daquele país. PROFESSORA DO AMAZONAS DESTACA IMPORTÂNCIA DO PROJETO Coordenadora do programa para a região do Amazonas, a professora Maria Izalândia de Souza, residente na pequena Eirunepé – um município com cerca de 28 mil habitantes localizado próximo à divisa com o Acre, às margens do Rio Juruá -, pela terceira vez vem a Santos e não se cansa de elogiar as belezas naturais da Cidade. Para ela, tudo é muito bonito, principalmente as construções antigas que fazem parte da história do Brasil. Integrante do programa desde o início, há cinco anos, Maria Izalândia afirma que em seu município e região já foram alfabetizados 1.630 alunos, entre os quais pessoas com mais de 80 anos. A felicidade dessas pessoas ao conseguir escrever o nome e poder ler é uma grande recompensa para nós, afirma emocionada. Em nossa última turma o mais idoso possuía 92 anos e ao concluir o curso parecia uma verdadeira criança. Além da possibilidade de adquirir novas técnicas para aprimorar o sistema de ensino, específico para alfabetização de adultos e idosos, o Programa Alfabetização Solidária proporciona outros benefícios para os participantes. Cada educador recebe uma bolsa mensal no valor de R$ 120,00 durante o programa; tem as despesas de viagem custeadas pelo Governo Federal e recebe todo o apoio da Unisanta durante o curso em Santos, explica a professora. Durante a estada a Prefeitura fornece também apoio integral aos visitantes nos passeios aos equipamentos municipais – Aquário, Orquidário e Bonde Turístico – cujo acesso é franqueado. São duas semanas em que adquirimos um grande conhecimento profissional e realizamos um importante intercâmbio cultural, define a educadora do Amazonas.