Domingo é dia de recordar a história do mártir tiradentes

Domingo é dia de lembrar a trajetória e a luta de uma importante personalidade que marcou a história e a época do Brasil-colônia, há 210 anos - Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, um grande mártir da Independência do Brasil, enforcado e esquartejado em 21 de abril de 1792. Um homem que tentou várias profissões. Trabalhou como alfeire, uma espécie de segundo-tenente, da 6ª Companhia de Dragões de Minas Gerais - a sua terra natal, onde nasceu em 1746 – comandando rondas no mato e prendendo ladrões e assassinos. Tiradentes foi, ainda, tropeiro, minerador, engenheiro e dentista, atuação que deu origem ao seu apelido. Além de arrancar dentes estragados, ele fabricava e colocava coroas artificiais, feitas de marfim e de osso de boi. Mas, a sua importante participação foi como inconfidente mineiro. INCONFIDÊNCIA Em Vila Rica, atual cidade de Outro Preto (MG), Tiradentes conspirou com o intuito de libertar o Brasil de Portugal e proclamar a República. O movimento da Inconfidência Mineira tomou força quando o governador de Minas Gerais, Visconde de Barbacena, decidiu promover a derrama, nome dado à cobrança dos impostos. Assim, a conjuração começou a ser preparada. Mas, o movimento revolucionário ficou só na teoria, porque em março de 1789, o coronel Joaquim Silvério dos Reis, que fingia apoiar a ação, denunciou tudo ao governador. Com a traição, Tiradentes, principal peça da Inconfidência, foi preso e aguardou o processo por três anos, junto com outros prisioneiros. A sentença final manteve a pena de morte somente para ele e, no dia 21 de abril de 1792, no Largo da Lampadosa, Rio de Janeiro, Tiradentes foi enforcado e esquartejado. Seus restos mortais foram pendurados pelas ruas de Vila Rica.