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Com serviço especializado, unidade de saúde de Santos conscientiza sobre a esclerose múltipla

Publicado: 30 de agosto de 2023 - 15h35
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O Ambulatório de Especialidades (Ambesp) da Zona Noroeste de Santos realizou, nesta terça-feira (29), sua segunda ação de conscientização sobre a esclerose múltipla. A unidade mantém um serviço de neurologia exclusivo para o tratamento da doença.

A ação, alusiva ao Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, celebrado nesta quarta-feira (30), tem como objetivo divulgar e informar sobre a doença que, diferentemente do que muitos pensam, tem as primeiras manifestações entre jovens de 20 a 40 anos, principalmente mulheres. 

A iniciativa é uma parceria da Secretaria Municipal da Saúde com a Associação do Litoral Santista de Amigos dos Portadores de Esclerose Múltipla (Alsapem) e a Associação de Esclerose Múltipla da Baixada Santista (Apembs).

“Muita gente tem e não sabe, alguns médicos também possuem dificuldades para dar o diagnóstico por ser uma doença que demora para se manifestar claramente. Quanto mais cedo ela for identificada, menores as chances de o paciente ficar com sequelas”, explica Mariana Cardoso, neurologista responsável pelo ambulatório de esclerose múltipla do Ambesp ZNO.

A esclerose múltipla é uma doença neurológica em que o sistema imunológico ataca as células nervosas do cérebro, dificultando sua comunicação ideal com o corpo, com o dano se manifestando visivelmente por meio de surtos. Cada organismo pode ter uma reação diferente, mas os principais sintomas são: falta de coordenação motora, perda de força nos braços e nas pernas, tontura, fadiga, formigamento em partes do corpo, visão dupla e embaçada e dificuldades para falar.

Existem alguns tipos de esclerose múltipla e a mais comum é a remitente recorrente. “Ela vai e volta, o paciente tem o primeiro surto, muitas vezes sem um diagnóstico conclusivo e fica com algumas sequelas, depois de um tempo ocorre outro surto. O paciente já inicia o tratamento com sequelas”, conta a neurologista.

O tratamento é realizado todo dia, por meio de medicamentos que visam diminuir a quantidade de surtos e retardar a progressão da doença, mas o paciente também pode fazer sessões de fisioterapia, fonoaudiologia, entre outras especialidades para melhorar a sua condição clínica. Quando a doença é tratada corretamente, o paciente pode levar uma vida ativa e completa. Cerca de 50 pessoas com a doença estão em acompanhamento no Ambesp ZNO.

O analista de comércio exterior Alex Oliveira, de 34 anos, é um desses pacientes. Ele conta que teve a primeira crise em 2013 e se sentiu desamparado ao receber o diagnóstico, até conhecer a Alsapem e a Apembs. “Essas instituições me ajudaram muito, pois percebi que não estava sozinho, só no nosso grupo temos 200 pessoas se ajudando diariamente e comemorando as pequenas vitórias, como cortar as unhas”, conta. Alex se tornou o porta-voz do grupo por ser muito comunicativo e agora sonha em se tornar um atleta paralímpico.

A aposentada Ana Bernarda dos Santos, 63 anos, fundadora da Alsapem, conta que o grupo surgiu a partir da necessidade de se criarem políticas públicas para melhorar a qualidade de vida das pessoas com Esclerose Múltipla. “Eu tive um diagnóstico tardio, por isso tenho muitas sequelas. Fui atrás da Apembs, que já fazia um trabalho de acolhimento, para lutar por maior divulgação da doença, tratamentos eficientes e diagnósticos mais rápidos”. Assim surgiu a Alsapem, que lutou pelo ambulatório específico para a doença e um protocolo de Esclerose Múltipla na região.

Esta iniciativa contempla o item 3 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU: Saúde de Qualidade. Conheça os outros artigos dos ODS.

Fotos: Divulgação/PMS

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