Centro da Juventude da ZNO celebra 10 anos da oficina de dança do ventre

A oficina de dança do ventre completa dez anos de existência no Centro da Juventude (Cejuv) da Zona Noroeste, onde surgiu para depois se espalhar para outros equipamentos da Secretaria de Assistência Social (Seas). Dezenas de ex-alunas foram convidadas para voltar ao equipamento, neste sábado (14) e assistirem a uma apresentação comemorativa.

Ana Kikuda, 22 anos, dança desde os 12 anos e lembra que quando começou tinha poucos amigos e não imaginava que se tornaria professora. “A dança foi transformadora em minha vida, venci a necessidade de provar alguma coisa para os outros”.

Há sete anos ensinando essa arte milenar, ela observa que acaba se tornando parâmetro para algumas alunas. “Tem família onde falta a mãe e a professora se torna referência para a criança”.

Libertação

Maria Lisboa, 22, dança desde os 14 e revelou que quando deu os primeiros passos ambicionava dar aula, mas não sabia se realizaria o sonho. “É incrível como as coisas se repetem. As mesmas dúvidas que eu tinha quando criança, ouço das alunas”. E não se refere só a questões técnicas, mas aos problemas sociais. “A dança fortalece a autoestima e isso é importante para você enfrentar os desafios da vida”.

Marina Cruz, 20, disse que a menina que começou com 12 anos não imaginava ser hoje professora. “Foi tudo natural e estou sempre me colocando no lugar da aluna, porque você está sempre aprendendo a dança do ventre”.

Já Stefany da Silva tem só 14 anos, dança há três e já notou algumas mudanças. “Antes eu tinha medo de falar em público, mas as aulas me deram confiança e carrego isso para tudo o que faço”.  

Com Gabriela Santos, 20, não é diferente. Aluna desde os 13, conta ter ampliado o círculo de amizades e a autoestima. “A dança do ventre é democrática, aceita todo tipo de corpo e idade”.

Teatro do Centro da Juventude da Zona Noroeste
Rua Brigadeiro Faria Lima s/nº, Rádio Clube

Foto: Carol Fariah