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Canais de Santos ganham barreiras mais eficientes para impedir chegada de lixo no mar

Publicado: 11 de julho de 2022 - 18h33

Os canais de Santos estão recebendo novas ecobarreiras flutuantes. Os modelos, mais resistentes do que os anteriores, começaram a ser instalados nesta segunda-feira (11). Eles têm como objetivo conter resíduos que poderiam ser facilmente levados ao mar pela correnteza e facilitam a limpeza diária dos canais, por concentrarem boa parte do lixo no mesmo local.

“Essa ação faz parte de uma estratégia, que teve origem há alguns anos, de identificação das fontes de resíduos que chegam até a praia. Chegamos à conclusão de que os canais também são alguns desses pontos, então nosso objetivo é obstruir essa passagem e reduzir a chegada do lixo no mar”, explicou o secretário municipal de Meio Ambiente (Semam), Marcos Libório.

O secretário ainda destaca que outras medidas foram tomadas para diminuir a emissão de resíduos nos oceanos, como ações educativas em relação ao descarte irregular e à coleta seletiva, que são realizadas permanentemente; criação do programa Beco Limpo, que além de capacitar jovens da Vila Gilda, ainda instalou estruturas para a disposição do lixo; aumento de contentores na orla da praia; entre outros.

Até esta terça-feira (12), serão instaladas 12 contenções: no canal 1 (Avenida Pinheiro Machado), canal 2 (Av. Bernardino de Campos), canal 3 (Av. Washington Luís), canal 4 (Av. Siqueira Campos), canal 5 (Av. Almirante Cochrane), canal 6 (Cel. Joaquim Montenegro), Rua Santa Catarina (José Menino), Av. Jovino de Mello (Rádio Clube), Av. Francisco Ferreira Canto (Caneleira) Av. Francisco Manoel (Jabaquara, Av. Dr. Moura Ribeiro (Marapé) e Av. Barão de Penedo (José Menino).

O serviço está sendo realizado pela E & F Imperium Artigos Personalizados sob supervisão da Semam.

COMO FUNCIONA

As barreiras, que são feitas de lona preenchida com espuma ecológica, são de três a cinco metros maiores do que a largura de cada canal. A parte excedente permite que a barreira forme uma espécie de 'barriga', represando mais resíduos do que se o equipamento fosse instalado de forma reta. “O equipamento segura aquele resíduo flutuante, como o plástico e as latinhas, mas permite a passagem de eventual fauna, como peixes e tartarugas”, explicou o chefe da pasta de Meio Ambiente.

A lona ainda se estende por mais 40 centímetros abaixo das boias, parte que é chamada de “saia” e conta com uma corrente que a ajuda a permanecer sempre esticada para baixo. Na saia, ficam presos os resíduos que não flutuam o suficiente para serem parados pelas boias, o que permite segurar uma quantidade maior de objetos.

Tanto a corrente quanto a base lateral das barreiras são feitas de alumínio, pois ficam em contato direto com a água e, por isso, precisam ser mais resistentes à salinidade. A lona também é tratada para suportar os raios solares (UV) e as barreiras são flexíveis, se adaptando conforme o curso da corrente marítima.

As contenções são presas aos canais por ganchos instalados na estrutura do canal e dois cabos de aço. Na versão anterior, a barreira era fixada por apenas um cabo, e por isso eram soltas pela maré com maior facilidade. Outra novidade é o tamanho das boias, que agora são mais largas e compridas, o que aumenta a capacidade de conter os resíduos.