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Asssembléia hoje pela manhã define o retorno ao trabalho às 13 horas

Publicado: 9 de abril de 2001
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Será hoje de manhã (10), durante assembléia na Praça Mauá, a decisão do horário de retorno ao trabalho, dos estivadores e trabalhadores do bloco. Vanderlei da Silva vai passar orientação aos dirigentes em Santos para o retorno ao trabalho, às 13 horas, conforme informou, ontem (09), de Brasília, onde estava ao lado de João Saldanha, do Sindicato dos Trabalhadores do Bloco. Na ocasião, a categoria será informada dos pontos acertados no encontro mantido com o ministro-chefe da Casa Civil, Pedro Parente, em reunião que contou também com a presença do líder do Governo Arnaldo Madeira, e do ministro dos Transportes, Eliseu Padilha. Hoje, vão prosseguir os contatos das lideranças sindicais na Capital Federal, visando mobilizar apoio à causa dos estivadores, e à rápida liberação dos recursos do Programa de Demissão Voluntária. Hoje, os estivadores vão trabalhar, a partir das 7 horas, no Ponto l, no cais do Saboó, cumprindo acordo firmado diretamente com a agência Porto, na mesma modalidade de acerto direto feito com a Ultrafértil (tratando avulsos como vinculados) e com o Tecondi. Nesse terminal a utilização da mão-de-obra da Estiva, sem interferência do Órgão Gestor de Mão-de-Obra (Ogmo), começou a ser feita ontem à noite, e na Ultrafértil, pela manhã. Nesses contratos temporários, considerados adequados pelo sindicato, a distribuição de trabalho foi feita nos moldes praticados pela entidade dos trabalhadores há 65 anos. FIM DA PARALISAÇÃO Em assembléia realizada, domingo (08), na sede do sindicato da categoria, os estivadores e trabalhadores do Bloco decidiram, por unanimidade, acabar com a paralisação, que já durava 13 dias, e aceitar a escala feita pelo Ogmo. Entretanto, ontem os estivadores mantiveram-se postados na Praça Mauá, e o retorno ao trabalho, com escala do Ogmo, só se daria a partir da decisão da viagem à Brasília, quando o Governo Federal se comprometeu com a questão do PDV, que se arrasta há cerca de três anos. Outros direitos dos trabalhadores, referentes aos dissídios de 97 e 98, ficam para uma nova etapa de negociações. Na medida que entre l.500 a 2 mil trabalhadores saírem da escala, criará mais oportunidades de trabalho para os que ficarem. Hoje há cerca de 6.500 trabalhadores da Estiva cadastrados no Ogmo, 3.500 deles com registro. O fim do movimento implica também na aceitação da transferência da escala para o Ogmo, com metodologia diversa daquela adotada pela categoria, em sistema de rodízio. Cada uma das atuais 20 turmas será dividida em duas, com escalas baseadas nos números (pares e ímpares) das carteiras de Identificação Portuária (CIP), emitidas pelo Ogmo. A norma se baseia no sistema seqüencial de câmbio, sendo permitido recusa ao trabalho somente quando o trabalhador apresentar restrições médicas. Sem justificativa, perde a condição de câmbio. As condições do Ogmo retiram os critérios da Estiva que priorizavam diretores e fiscais na escalação, e terminam também com a livre escolha dos trabalhadores que formam as equipes (ternos).