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As ‘Marias’ que zelam pela Zona Noroeste

Publicado: 1 de julho de 2014
18h 22

Como verdadeiras ‘mães’, elas cuidam da Zona Noroeste, vistoriando obras públicas, transmitindo informações aos moradores, ouvindo suas sugestões e reivindicações, levando soluções e, às vezes, sendo até ‘ombro’ amigo para quem quer apenas conversar. Maria Ferreira Tavares, Maria Salete de Melo Silva, Creusa Macedo de Oliveira e Denísia Macario Coimbra são as conhecidas ‘Marias’ da Zona Noroeste, que de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, atuam no programa Controle de Qualidade.

A iniciativa é desenvolvida desde fevereiro de 2013 pela Regional da ZNO, ligada à Secretaria de Serviços Públicos. Percorrendo os bairros, saem às ruas com planilha, caneta e máquina fotográfica nas mãos e, sobretudo, com o olhar atento ao que precisa ser melhorado, da infraestrutura urbana - principalmente obras executadas pela Regional -, à saúde e educação.

Até agora, juntas fizeram 992 vistorias dos serviços executados pela prefeitura, a maioria relacionada à manutenção de vias públicas. O trabalho faz a ponte entre poder público e população, e ampliou os pedidos de melhorias. Em 2013 foram 1.696 solicitações à Regional, das quais 702 por meio das Marias. Em 2012, quando ainda não atuavam, foram 786. Só neste ano, das 730 solicitações, 301 foram por meio do programa.

“Com isso, acompanhamos a qualidade do atendimento e dos serviços prestados pela Regional e outros órgãos da prefeitura e tomamos conhecimento das necessidades”, afirma o chefe da Regional, Acácio Egas.

Para Maria Ferreira, 60 anos, o trabalho é de formiguinha. “Varremos as ruas com os olhos. Nosso trabalho é de formiguinha e visa solucionar um problema antes de acontecer. Fazemos uma busca e, às vezes, o munícipe não tem esclarecimento do que a prefeitura tem que fazer e nós orientamos, mostramos seus direitos e deveres. Em algumas ocasiões somos até terapeutas”.

Satisfação dos munícipes

Em suas andanças, já se tornaram conhecidas nos bairros. Na Rua Profº Nelson Espíndola Lobato, Vila Pelé, verificaram a troca da tampa de boca de lobo e conversaram com a dona de casa Denise do Nascimento, 36, que solicitou o reparo. “Estava perigoso para as crianças e para os adultos, pois o ferro estava quebrado. Agora estou satisfeita”, afirmou a moradora.

“Ficamos felizes com a alegria do morador, sentimos que contribuímos”, diz Maria Salete, 54. A quarta ‘Maria’, Denísia, 51, está afastada por motivo de doença.

Antenadas, na Av. Nossa Senhora de Fátima, altura do nº 590, notaram a calçada danificada. Creusa, 49, a fotógrafa das quatro, registra tudo para colocar no livro-diário. Na Rua Abib Elias, no Castelo, tocam a campainha da residência da dona de casa Margarida Helena dos Santos, 71. Querem saber se ela gostou da reforma da Praça Miguel Kodja. Já na Rua Ismael Coelho de Souza, verificam com o aposentado José Carlos de Vasconcelos, 53, o seu pedido de retirada de mato e troca de bocas de lobo da Rua Laurindo Chaves.

“Ficamos confiantes quando nosso pedido é atendido”, fala o morador.

Fotos: Susan Hortas