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Nebulosidade aumenta e estado é de alerta para ressaca em Santos

Publicado: 8 de abril de 2020 - 12h32

Especialistas explicam importância dos geobags

A quarta-feira (8) será predominantemente de tempo nublado após a passagem de uma frente fria que provocou chuva a partir da tarde desta terça-feira (7) e persistiu até a madrugada. O acumulado das últimas 72 horas foi de 44,2mm e não houve registro de ocorrências.

O Plano Preventivo de Defesa Civil de Santos opera em nível de observação para deslizamentos. A previsão do tempo aponta para chuva fraca ao longo do dia e, com o afastamento da frente fria da região, a partir desta quinta-feira (9), as chances de chuva estarão reduzidas ao menos até o final de semana. Já em relação às condições marítimas o estado é de alerta para quarta e quinta.

O Núcleo de Pesquisas Hidrodinâmicas (NPH) da Universidade Santa Cecília (Unisanta) registrou maré de 1,90m na Ponta da Praia, às 3h25, e de 2,09m no interior do estuário, às 4h. A maré deve atingir 2,07m às 15h desta quarta, 2,01m às 3h de quinta e 2,16m às 15h do mesmo dia, na Baía de Santos.

No estuário, o nível do mar deve chegar aos 2,24m às 15h desta quarta. Na quinta, 2,18m às 3h, e 2,33m às 15h. Ainda nesta quarta, as ondas podem ultrapassar 3,5m na Baía de Santos. Há risco para impactos às estruturas urbanas e alagamentos nas áreas mais baixas.

A Defesa Civil reforça o pedido para que moradores, especialmente da Zona Noroeste e da Ponta da Praia, estejam atentos às condições do tempo, que podem provocar alagamentos e inundações.

 

Especialistas explicam importância dos geobags

 

Região que pode ser atingida por ressacas como a do último final de semana, a Ponta da Praia é o local onde foi implantado o projeto piloto para a instalação dos geobags, que formam uma barreia submersa para reverter a tendência de erosão da praia.


De acordo com Eduardo Kimoto Hosokawa, vice-coordenador da Comissão Municipal de Adaptação do Clima, os geobags têm apresentando importantes resultados e colaboram nas decisões importantes para o enfrentamento de eventos climáticos extremos. “As ressacas vão continuar em eventos extremos. Os bags diminuem o impacto das ondas, mas a água, que vem com areia em suspensão, passa por cima e deixa a areia retida. A finalidade é armazenar essa areia para retomarmos a posição inicial da praia. Sem os bags, as consequências das ressacas seriam piores”.


Um dos coordenadores do projeto, o professor doutor Tiago Zenker Gireli, da Unicamp, explicou que os 49 bags atuam no trecho onde estão instalados, em formato de L. “O efeito é extremamente benéfico, porque as ondas perdem força. Mas, sozinhos, eles não podem impedir a ressaca. Com o tempo e a ação dos bags, a praia crescerá novamente e provocará a arrebentação das ondas antes que atinjam as pedras”.