Ação voluntária internacional promove melhorias em dois bairros de Santos

Benjamim Pamba, 29 anos, está bem longe de sua Angola natal. Há três semanas, ele chegou ao Brasil para vivenciar a experiência de fazer o bem ao próximo — mais especificamente, à comunidade do Morro Santa Maria, em Santos, onde ele trabalha em um mutirão de melhorias no bairro, ajuda moradores e já criou laços de amizade com as pessoas.

"Está sendo uma vivência muito boa. A gente ouve falar do País de fora, mas estando aqui conhecemos a realidade do lugar", descreve o africano. "Todo mundo se ajuda, cada um doa o que pode. Já criei um grande afeto aqui. Alguns brincam que eu nem deveria voltar mais".

Pamba é um dos 61 participantes do projeto Guerreiros Sem Armas, desenvolvido pelo Instituto Elos, no qual jovens e adultos se integram a uma comunidade por cerca de um mês com o intuito de realizar uma transformação no local. Na experiência em solo santista, há brasileiros e estrangeiros de 11 países.

IDEIAS

Além do Santa Maria, um outro grupo está atuando na Vila Alemoa — ambas localidades carentes. "O que eles buscam é realizar o sonho da comunidade. Recolhemos sugestões e anseios dos moradores e, dentro do possível, procuramos tirar essas ideias do papel. Sempre em comunhão", explica a cofundadora do Instituto Elos, Mariana Gauche.

Ela afirma que a acolhida é gratificante: "Todos se ajudam. Um pedreiro vem e auxilia numa construção, um morador doa refigerantes para os voluntários, outro nos ensina a plantar. Atuamos na melhoria da infraestrutura do local, sempre prezando pela inteiração física com os moradores".

No próximo dia 18, os voluntários participam do Encontro do Futuro: uma ação na qual os jovens vão refletir sobre o que realizaram, os efeitos práticos de seu trabalho e pensar no que ainda pode ser realizado.

ENVOLVIMENTO

O prefeito Rogério Santos fez questão de visitar ambas as comunidades neste sábado (15) para conhecer o trabalho desenvolvido no programa. "É um projeto muito bonito. Aprende-se a não depender apenas do poder público, mas envolver a sociedade numa mobilização pelo desenvolvimento local. É valorizar o lugar onde se vive".

Para o chefe do Executivo, a experiência adquirida pelos voluntários é algo que se levará para sempre. "Trata-se de um aprendizado que muda a mente das pessoas. Esse senso de colaboração, de doar seu tempo para ajudar o próximo. Isso é gratificante não apenas para o morador, mas para os visitantes".

Esta iniciativa contempla o item 11 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU: Cidades e Comunidades Sustentáveis. Conheça os outros itens do ODS.