1º de maio comemora as manifestações pelos direitos dos trabalhadores

Na maioria dos países industrializados o 1º de maio é o Dia do Trabalho. A data é uma homenagem aos oito líderes trabalhistas norte-americanos que morreram enforcados em Chicago, Estados Unidos, em 1886. Eles foram presos e julgados por dirigirem manifestações para conquistar a redução da jornada de trabalho para oito horas e que tiveram início justamente no dia 1º de maio daquele ano. A data é comemorada desde 1889, ou seja, há quase 114 anos. Em 1890, a Segunda Internacional, associação mundial de trabalhadores socialistas, aprovou em seu congresso a fixação do Dia do Trabalhador. No Brasil, as comemorações do 1º de maio também estão relacionadas à luta pela redução da jornada de trabalho. A primeira celebração que se tem registro ocorreu em Santos, em 1895, por iniciativa do Centro Socialista, entidade fundada em 1889 por militantes políticos como Silvério Fontes, Sóter Araújo e Carlos Escobar. Em 1917, estouraram as grandes greves operárias em defesa da jornada de oito horas de trabalho, principalmente em São Paulo, Rio de Janeiro e Recife. O movimento foi vitorioso e o governo decretou a redução da jornada de trabalho. Oficialmente, a data se tornou feriado a partir de 1925, quando o então presidente da República, Arthur Bernardes, baixou decreto reconhecendo o "primeiro de maio" como Dia do Trabalho. GETÚLIO VARGAS Getúlio governou o Brasil como chefe revolucionário e ditador por 15 anos e como presidente eleito por mais quatro transformou o 1º de maio em "dia oficial" do trabalho. Era nessa data que o governante anunciava as principais leis e iniciativas que atendiam as reivindicações dos trabalhadores. De acordo com a Lei nº 10.607, de 19 de dezembro de 2002, o dia 1º de maio é oficialmente feriado nacional. O executivo declarou na última quinta-feira (24), por meio do Decreto nº 4.049 que o dia 2 de maio, será ponto facultativo nas repartições públicas, com exceção para aqueles em que as atividades são consideradas essenciais.