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Homenagem para santa Bakhita reuniu fiéis agradecidos e emocionados

Publicado: 9 de fevereiro de 2014
10h 31

Na terra onde ocorreu o último milagre de Santa Bakhita antes de ser canonizada pela Igreja Católica, o sábado (08) foi de festa pela data em que seria celebrado seu aniversário. Centenas de fiéis participaram da missa campal celebrada pelo bispo dom Jacyr Francisco Braido, com participação do frei Rozântimo e do pároco José Myalil Paul, em frente à igreja Santa Bakhita (rua República Portuguesa, 20, Vila Mathias), a primeira do país em sua homenagem, inaugurada em 2006.

O bispo relembrou a trajetória de sofrimento da santa como vítima de tráfico humano na África, mas também a superação pela fé. “Por tudo o que passou, ela foi surpreendente e abraçou a chance de renovação com fé, coragem e alegria”.

A popularidade da santa entre a população é observada pelo pároco Paul em seu dia a dia. “As pessoas conversam com ela, como se fosse uma amiga e a sentem bem próxima”, disse ele, que a vê como alguém com quem se pode sempre contar.

Para a aposentada Maria Regina Peixoto da Silva, de 63 anos, o dia da santa é para agradecer um pedido atendido. “Entre tantos concorrentes jovens consegui um emprego de secretária. Sempre rezo para ela”, disse Maria, que admira o exemplo de humildade deixado por Bakhita.

Aide Viviane, 73, também carregou toda a família para a igreja. Segundo sua neta, Natalia, 22, a avó sempre conta um pouco da história de Bakhita e isso a tornou devota. “Ela sempre está iluminando nossas vidas”.

Após a missa, os fiéis seguiram em procissão pelas ruas do bairro, encerrando a programação especial iniciada em 30 de janeiro, com missas e novena.

História

O milagre de Bakhita em Santos aconteceu na década de 90 no Salão Paroquial da Catedral. Ali, Eva, uma das idosas assistidas pela igreja na época, que era diabética e sofria de uma ferida na perna, pegou o ‘santinho’ com a imagem de Bakhita e o esfregou na perna machucada. Para sua surpresa, a perna estava curada na manhã seguinte. O caso foi avaliado e notificado ao Vaticano.

Bakhita nasceu no Sudão, na África, em 1869, foi raptada e vendida diversas vezes como escrava. Sua vida mudou quando finalmente foi comprada por um cônsul italiano que a entregou à família de um amigo em Veneza, da qual se tornou a babá e ama.

Quando mais tarde a família precisou deixar o país, encaminhou Bakhita para a congregação de Santa Madalena de Canossa, em Veneza. Dali em diante, ela se dedicou à vida religiosa e ficou conhecida pela sua generosidade, humildade e bondade.

Fotos: Isabela Carrari