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Poda de chapéus-de-sol visam eliminar erva de passarinho

Publicado: 7 de julho de 2015
13h 09

Quem caminha ou costuma passar com frequência na orla deve ter observado que os tradicionais chapéus-de-sol estão passando por poda de manutenção. O objetivo é eliminar a erva de passarinho, uma planta parasita que prejudicado o desenvolvimento e o vigor da tradicional espécie que caracteriza o maior jardim à beira-mar do mundo.

Para obter êxito, no entanto, as equipes da Coordenadoria de Paisagismo, da Secretaria de Serviços Públicos (Seserp), empreendem uma limpeza drástica para a eliminação total da espécie, única forma de tratamento e recuperação das árvores atigidas.

“O corte total dos galhos e troncos com incidência de erva de passarinho é a única forma de garantir sobrevida aos chapéus-de-sol”, garante o engenheiro agrônomo, João Cirilo, coordenador de paisagismo do Município, que acompanha os trabalhos. Cerca de 55 árvores da espécie já foram desbastadas com essa técnica entre os canais 4 e 5, trecho em que os serviços foram iniciados, em 26 de maio.

Previsão

Todas as árvores na orla receberão o mesmo tratamento. A previsão é de que os trabalhos prossigam até o próximo mês, de forma prioritária. “A meta é que os chapéus-de-sol cheguem no verão um pouco mais encorpados e mais saudáveis”, complementa Cirilo. Segundo ele, caso a poda não fosse realizada desta forma, o Município correria o risco de perder as tradicionais plantas que caracterizam a orla.

Erva de passarinho

A disseminação da erva de passarinho nos vegetais ocorre por meio das sementes no bico ou por meio das fezes das aves. Este é o motivo pelo qual a maior incidência do parasita é observada nos galhos mais altos, onde geralmente os passarinhos pousam.

A erva de passarinho cresce no tronco e nos galhos, passando a consumir o xilema, que é o tecido por onde circula água com sais minerais, conhecido como seiva bruta, e retirado pela árvore do solo. Com essa ação, a “planta parasita” limita a quantidade de alimento distribuído para o restante da árvore. A falta de nutrientes faz com que folhas e galhos sequem, provocando a morte do vegetal e favorecendo o risco de queda.

Troca da arborização é solução

Como solução a longo prazo, a Secretaria de Serviços Público já trabalha com a troca gradativa da arborização do Município. Isso significa que espécies exóticas, como chapéus-de-sol e jamboleiros, serão aos poucos substituídos por espécies nativas da região, como guanandi e abricó-de-praia.

Segundo especialistas, as planta nativas seriam mais resistentes às espécies parasitas, como a erva de passarinho. Cirilo afirma que é possível observar esse fenômeno em árvores do canal 2 e da Avenida Moura Ribeiro, locais onde boa parte é composta por guanandis. “Nesses trechos é possível verificar que a maior parte dos vegetais não sofre com a incidência de erva de passarinho, como os chapéus-de-sol da praia”, ressalta.

Foto: Susan Hortas