Cães em Santos recebem proteção contra leishmaniose visceral

Coleiras repelentes contra leishmaniose visceral foram colocadas em 106 cães dos bairros Marapé e Caneleira durante a manhã deste domingo (19). A ação, realizada pela Prefeitura, abrange animais que têm a doença e cães sadios que vivem a um raio de 100 metros de distância dos infectados.
Na Caneleira, 64 coleiras foram colocadas e, no Marapé, 42, entre trocas de acessórios antigos e novos encoleirados. A ação, que visa afungentar o mosquito-palha, transmissor do mal, é feita rotineiramente no Marapé, área de maior incidência da leishmaniose na Cidade. Já na Caneleira, o primeiro caso surgiu neste ano e, por isso, o bairro também se tornou foco da ação.
"A leishmaniose é uma zoonose que a gente acompanha em Santos desde 2015. Até agora, só temos casos caninos dessa doença, não há casos humanos confirmados. Nosso foco é controlar a doença nos animais para que diminua o risco dela ser transmitida para o ser humano. A gente faz isso por meio das coleiras, pesquisas e orientação", explica Alexandre Nunes, veterinário da Seção de Vigilância e Controle de Zoonoses (Sevicoz), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), órgão responsável pela ação.
Atualmente, a Sevicoz monitora 42 cães com a doença, trocando as coleiras, que têm validade de oito meses. O órgão não faz distribuição aleatória do acessório.
O QUE É
A leishmaniose visceral é uma doença crônica. Os sintomas demoram de dois a três anos para aparecer no animal e incluem pele e mucosas com feridas; queda de pelos da orelha e em volta do nariz; emagrecimento e crescimento exagerado da unha.
Com seu avanço, os órgãos internos como fígado, baço e pulmão são afetados. Não há cura, mas quanto mais cedo se detecta, mais fácil é o tratamento e o controle. O animal tem que ser monitorado pelo resto da vida.
PREVENÇÃO
As coleiras repelentes previnem que o mosquito-palha pique cães infectados e se torne transmissor da doença para outros animais e pessoas. Mais detalhes a respeito de outras ações contra a leishmaniose podem ser conferidos aqui.
Fotos: Isabela Carrari