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Prefeitura inicia projeto Condomínio Solidário

Publicado: 28 de novembro de 2011
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Condomínio Solidário é o nome do projeto que a prefeitura iniciou, no dia 28, para garantir mais qualidade de vida e segurança à população de idosos, que corresponde a cerca de 20% do total de habitantes da cidade.

A iniciativa consiste em capacitar porteiros de condomínios e edifícios com grande concentração de moradores da terceira idade. Desta forma, problemas de saúde ou sociais podem ser rapidamente detectados pelo funcionário do prédio, que dará o devido encaminhamento.

A primeira turma do curso tem participação de 20 profissionais. Com carga horária de 12 horas distribuídas em quatro dias, o programa inclui abordagens sobre envelhecimento, primeiros socorros, ética, legislação de proteção à terceira idade, violência, sinalização de trânsito e acessibilidade.

A formação inclui uma vivência prática. "Enfaixamos a perna do aluno, diminuímos seu campo de visão com óculos e sua audição com algodão, e pedimos para que ele ande e se comunique. Assim, é possível sentir na pele o peso da idade", explica o professor Carlos Eduardo Erbste, do Senac, instituição parceira da prefeitura no projeto, que cede as dependências para as aulas e se responsabiliza pelo conteúdo do curso.

A segunda turma começa no próximo dia 5. Já no dia 16, os dois grupos vão reúnem para assistir palestra a cargo da Seas (Secretaria de Assistência Social) sobre o Estatuto do Idoso e violência contra a terceira idade. O objetivo é que os porteiros tornem-se agentes multiplicadores das informações recebidas.

Contato
Presente ao primeiro dia de aula, o secretário de Assistência Social, Carlos Teixeira Filho, explicou que o "Condomínio Solidário" surgiu de uma preocupação da administração com idosos que vivem sozinhos. "Partiu também da informação sobre uma iniciativa similar desenvolvida em Copacabana, no Rio, onde há grande concentração de pessoas da terceira idade".

Idosos que moram sozinhos em apartamentos desenvolvem relação mais próxima com os funcionários dos prédios. Estes, por sua vez, conhecem a rotina dos moradores e conseguem detectar se há algo errado, como por exemplo, receber a visita de quem nunca apareceu. A partir disso, os porteiros podem perceber sinais de problema e tomar medidas, como a denúncia a órgãos competentes.

Porteiro há dez anos, Antonio Aparecido dos Santos confirma a importância da capacitação. "Se noto que o idoso não está saindo de casa, ligo no apartamento para saber se está tudo bem. Com o curso vou ficar mais preparado para novas situações".

Além da Seas e do Senac, o projeto tem parceria da Sindeprestem (Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros, Colocação e Administração de Mão de Obra e de Trabalho Temporário no Estado de São Paulo).