Palestra destaca a importância da leitura em voz alta em sala de aula
“Leitura em voz alta? Pra quê?” A pergunta, que deu nome à palestra realizada nesta quinta-feira (16), no Centro Darcy Ribeiro, dentro da 30ª Semana de Educação Paulo Freire, foi respondida pelas educadoras da rede municipal Camila Chiara e Raquel Vieira Simões.
“Devemos ler para crianças e adultos não leitores e para os leitores também e devemos proporcionar situações em que eles também leiam em voz alta. Equivocadamente, as pessoas pensam que escrever bem é um dom, mas muitas vezes falta repertório”, frisou Camila Chiara.
REESCRITA
Raquel Simões discorreu sobre sua experiência com a reescrita: a história é lida pelo professor, em sua versão original e integral, por ter mais detalhes e riqueza de vocabulário e, depois, os fatos são recuperados em ordem cronológica, escritos pelo professor em tópicos para uma planificação e, então, os alunos produzem o texto, reescrevendo a história. “Não é cópia, é uma matriz, uma fonte para direcionar o pensamento”.
Já Camila comentou sobre o trabalho que realizou com seus alunos adolescentes para terem fluência na leitura. Começaram a ler juntos em classe 'A bolsa amarela', de Lygia Bojunga. Depois, os adolescentes, em duplas, fizeram sessões de leitura para outras crianças menores, em grupos pequenos, na própria escola e em outras. “O resultado foi muito bom”.
OPINIÃO
A educadora do programa Escola Total, Mônica Lopes, gostou muito da palestra. “Acho importante e vou passar esta vivência para as crianças”. A professora do 4º ano da escola Santista, Fabrícia Herzer, afirmou que lê em voz alta semanalmente para seus alunos. Para estimulá-los a ler, deixa um armário aberto na classe, com gibis e livros, que eles podem apreciar diariamente ao final das atividades. Confira como foi a abertura da semana aqui
Fotos: Rogério Bomfim