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Zona noroeste completa 24 anos e não pára de crescer

Publicado: 24 de agosto de 2000
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Criada oficialmente em 26 de julho de 1976, pelo prefeito Antônio Manoel de Carvalho, a Zona Noroeste está completando 24 anos e continua se expandindo, tanto no aspecto demográfico, como econômico. São 11 milhões 470 mil m² de área, o equivalente a 38% da Ilha de São Vicente. Cerca de 100 mil habitantes, divididos em 12 bairros - quase 24% da população total de Santos. Para a festa de aniversário, que é tradicionalmente comemorada no último domingo do mês, a prefeitura preparou uma programação especial. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA O pólo Industrial da Alemoa é um bom exemplo da importância da região na economia santista. Ele concentra empresas dos mais variados segmentos, desde transportadoras e pátios de contêineres, até fábricas de refino de sal e produtoras de lubrificantes. Além disso, o crescimento da população tem estimulado o desenvolvimento comercial, e cada vez mais empresas têm escolhido a Zona Noroeste para instalar o seu negócio. HISTÓRIA A Zona Noroeste começou a ser povoada com a instalação da linha dos bondes da Cia. City, na década de 20. Inicialmente os carros eram puxados por burro. Depois, eletrificados, circulavam apenas do Largo do Rosário (Praça Rui Barbosa) até o Matadouro Municipal (onde hoje está o Sesi, na Av. Nossa Senhora de Fátima), passando pelo bairro Chinês (Av. São Leopoldo) e pelo Saboó (Cemitério da Filosofia), acompanhando o contorno dos morros. Depois que os trilhos foram levados até São Vicente, o traçado seguiu o leito das avenidas Nossa Senhora de Fátima e Antônio Emmerich (SV), cortando grandes bananais e terrenos arenosos. Assim como o transporte coletivo dos dias de hoje, a Cia. City também numerava as suas linhas. A que seguia de Santos a São Vicente, passando pelo Matadouro, era a Linha 1, nome que foi dado também a todas as áreas servidas por esses bondes, antes da formação, propriamente dita, dos bairros que margeavam os trilhos. Sobre o Matadouro, há muitas histórias ligadas à Zona Noroeste. Na década de 60, a Rede Ferroviária Sorocabana desembarcava o gado na Estação de passageiros de São Vicente. Desse ponto, boiadeiros a cavalo transportavam os animais, a pé, pelas ruas e avenidas. Muitas vezes, o trânsito era parado dando vez à passagem da manada. Não era raro ver boi desgarrado invadindo as casas, dando muito trabalho aos peões que tentavam capturá-lo. A primeira denominação de Zona Noroeste apareceu num folheto editado pela Prodesan para a inauguração do marco rodoviário Santos - São Vicente, conhecido como monumento dos latões ou tambores. Formada basicamente por chácaras até a primeira metade deste século, a região começou a ser intensamente ocupada a partir dos anos 50, graças aos imigrantes que vieram trabalhar nas obras de construção das indústrias de Cubatão, principalmente a Cosipa. ZONEAMENTO De acordo com o Plano Diretor do Município a região está dividida em 12 bairros: Saboó, Alemoa, Jardim Piratininga, Chico de Paula, Jardim São Manoel, Jardim Santa Maria, Jardim Bom Retiro, Caneleira, Vila São Jorge, Areia Branca, Jardim Rádio Clube e Jardim Castelo. As áreas residenciais da Zona Noroeste estão espalhadas pelo Jardim Piratininga, Jardim Bom Retiro, Jardim Santa Maria, Caneleira, Areia Branca, Jardim Rádio Clube, Jardim Castelo, Vila São Jorge e partes do Chico de Paula e Jardim São Manoel. Nestes bairros estão concentrados os principais pontos de comércio e serviços de pequeno porte da região, como lojas de materiais de construção, bazares, açougues, padarias, bares, oficinas mecânicas, supermercados, comércio de automóveis, entre outros. ORIGEM DO NOME DOS 12 BAIRROS Cada um dos 12 bairros da Zona Noroeste foi batizado devido as suas particularidades: Alemoa – Situado ao lado da Via Anchieta, a Alemoa (ou Alamoa) é um dos bairros mais antigos de Santos, com 143 anos. Recebeu o nome devido à presença do alemão Adam Künem, que possuía um sítio na área. Era comum ouvir o povo dizer: Ali no alemão, ou Vou ao alemão. Depois de sua morte, a esposa Maria Margarida Künem, continuou a viver lá, e o local passou a ser chamado de sítio da Alemoa – referindo-se a forma feminina da palavra alemão, mas com a aplicação gramatical errada. Areia Branca – O primeiro grande empreendimento da Prefeitura na Zona Noroeste foi a construção do Cemitério da Areia Branca, inaugurado em 1953, pelo então prefeito Ezequiel Feliciano da Silva. Oficializado em 1968, o bairro recebeu este nome por causa de suas areias claras e por causa da necrópole. Bom Retiro – Ficou assim conhecido em função da imobiliária Bom Retiro, de propriedade de Ézio Testini, que trouxe muitas melhorias à região. O bairro abriga o Jardim Botânico Chico Mendes, que com 90 mil metros quadrados e mais de 300 espécies de plantas, é a segunda maior área verde de Santos - perdendo apenas para os jardins da praia, cuja extensão é de sete quilômetros. Caneleira – A grande quantidade de árvores produtoras de canela é a razão da escolha do nome Caneleira. Jardim Rádio Clube – A denominação deve-se a instalação no bairro da antena da Rádio Clube de Santos. Chico de Paula – O bairro foi batizado de Chico de Paula em homenagem a Francisco de Paula Ribeiro, político de destaque na região. Santa Maria – Foram os primeiros moradores quem deram ao local o nome de Santa Maria. Os loteadores que vieram depois resolveram mantê-lo. Vila São Jorge – Um dos primeiros engenhos de cana-de-açúcar do Brasil, o Engenho São Jorge dos Erasmos, do século XVI, empresta o nome ao bairro. Jardim Castelo – A designação é resultado do Conjunto Habitacional da Cohab. Jardim São Manoel – Ganhou este nome, porque os loteadores, os irmãos Varella, resolveram homenagear o pai, Manoel de Souza Varella. Jardim Piratininga – Espremido entre a Alemoa, a Via Anchieta e Cubatão, o Jardim Piratininga surgiu com a construção de um núcleo residencial, habitado principalmente por policiais militares. A origem do nome está sendo estudada. Saboó – O nome foi emprestado do riacho Saboó, que cortava o local.