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Voluntários orientam comerciantes em Santos sobre descarte de resíduos

Publicado: 14 de outubro de 2022 - 19h25

De comércio em comércio. Foi assim que os Amigos do Bairro realizaram a primeira ação do programa criado pela Ouvidoria, Transparência e Controle de Santos, nesta sexta-feira (14), no Gonzaga, em Santos, para levar informações a quem atua em lojas, shoppings, restaurantes ou outras atividades do varejo.

Os voluntários foram divididos em grupos e percorreram o bairro com o objetivo de conscientizar o setor sobre o descarte correto de resíduos na Cidade. A cada abordagem, entregavam cartilha com orientações e saquinhos biodegradáveis para a coleta de fezes de animais.

“A conscientização é muito importante, porque se todo mundo não cuidar, a cidade fica imunda. Daí perde turista e como fica? Falta emprego, impacta a economia, é uma reação em cadeia”, diz a vendedora Maria Ivete de Lima Silva.

Foram as explicações sobre dias e horários da coleta de lixo e do serviço de coleta seletiva que chamaram a atenção da gerente de loja Gardênia Passos. No material, há também informações sobre agendamento para Cata Treco e de Ecopontos existentes no Município. “Não sabia dos horários definidos para a coleta de lixo. A gente precisa de informação. Amo minha Cidade e saber que posso colaborar é muito importante”.

O descarte irregular também prejudica o meio ambiente e até a saúde dos moradores, lembra a bióloga da Secretaria de Meio Ambiente, Débora Mandaji. “Se eles forem jogados na rua e fora do horário, há a probabilidade de proliferação de ratos, por exemplo. O lixo também pode ir parar no bueiro e provocar enchentes. Tem gente que pensa: ah, é só o meu lixinho, mas há todo um desdobramento que vai prejudicar essa pessoa e toda a comunidade”.

Para o ouvidor municipal Rivaldo Santos o resultado foi positivo. “Nesta ação, tivemos 18 pessoas que deixaram seus afazeres profissionais e domésticos para estar aqui. Estamos fazendo uma ação educativa. Percebemos que, quando se faz um trabalho de orientação, de esclarecimento sobre o que pode e o que não pode, o resultado é muito melhor”.

Os voluntários são preparados para dar orientação verbal. Nos casos em que persista a infração, a pessoa ou comerciante recebe a ‘orientação cidadã’, notificação que explica a irregularidade.
Não há caráter punitivo, mas serve como de alerta. Na terceira vez, se constatado que o problema persiste, será aberta uma ocorrência para que haja uma fiscalização e poderá ser aplicada multa a partir de R$ 500,00.

VOLUNTÁRIOS

A professora Célia Regina Rodrigues aproveitou a folga para participar da ação. Ela faz parte do grupo de voluntários que se inscreveu no programa. No total, 42 pessoas decidiram arregaçar as mangas e agir em prol de uma Cidade melhor para todos.

“Fazendo parte do programa, a gente auxilia e nosso objetivo é ter uma Cidade limpa. A gente fala de insetos, ratos, e tudo isso pode ser eliminado com conscientização. Juntos, munícipes e Poder Público, a gente consegue”.

O engenheiro aposentado Vitor Eduardo Rodrigues conta que sempre que percebia algum problema a ser corrigido no bairro, como uma calçada quebrada ou a necessidade de poda de árvore, ligava para a Ouvidoria. Com o novo programa, resolveu partir para uma atuação mais efetiva.

“Achei que não é somente cobrar do Município, mas participar também. Fazer a minha parte. Quando vi que havia esta oportunidade, decidi ajudar de outra forma”.

Moradora do Estuário, Olga Amorim diz que o envolvimento da comunidade é importante na construção de uma cidade e um mundo melhor para todos.

“Fiquei muito feliz com este  movimento. Só reclamar não adianta. Precisamos levar informação para as pessoas. Tem gente que não busca, né? É uma oportunidade de demonstrar que a gente quer fazer parte da nossa Cidade”.

MÃO NA MASSA

O programa é uma iniciativa da Ouvidoria. Até o momento foram capacitados 42 voluntários que decidiram fazer a diferença em seu bairro, exercendo a cidadania participativa para a melhoria da zeladoria do Município.

Vale destacar que o olhar e o cuidado do voluntário não são para ações específicas. Eles também podem comunicar à Ouvidoria reclamações, denúncias e sugestões referentes à zeladoria do bairro e à prestação de serviços.

“O programa surgiu porque percebemos que as pessoas tinham interesse em ajudar e colaborar com os bairros, mas faltava motivar e capacitar essas pessoas. Elas farão o trabalho de orientação, mas de fiscalização também. A partir do momento que eles perceberem algum tipo de problema, vão acionar as equipes da Prefeitura”, diz o Ouvidor.