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Tratamento da tuberculose tem evolução em santos

Publicado: 7 de janeiro de 2010
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Pelo segundo ano consecutivo, a incidência de tuberculose em Santos apresentou o menor índice. Também foi a primeira vez que a taxa de cura dos casos tratados alcançou a marca dos 80%. É o que revela balanço divulgado no final do ano, pela Seviep (Seção de Vigilância Epidemiológica), da SMS (Secretaria de Saúde). O levantamento mostra incidência de 79 casos para cada grupo de 100 mil habitantes em 2008, com total de 333 contaminados. Na última década a queda no número de casos chegou a 36,6%. O coeficiente de incidência, que era de 119 (por 100 mil habitantes) em 1998, baixou para 79 em 2007, mantendo-se no mesmo patamar em 2008. Como o tratamento da tuberculose dura, no mínimo, seis meses, os dados de 2009 só poderão ser analisados no segundo semestre. CURA E ABANDONO O aumento do percentual de cura dos casos – de 73% em 1998 para 81% em 2008 - foi comemorado pelos técnicos da Seviep por se aproximar da meta estipulada pelo Programa Nacional de Tuberculose: curar 85% dos casos novos e reduzir o abandono para menos de 5%. Nesse último quesito também houve evolução: a taxa de abandono em Santos, que era de 13,7% em 1998, caiu para 8,7% em 2008. O sucesso na busca dos chamados sintomáticos respiratórios, que são as pessoas que apresentam tosse há mais de três semanas, também merece destaque. "A estimativa é que 1% da população tem tosse. O objetivo é procurar esse 1% e fazer o exame de escarro. Em 2003 a gente só conseguia examinar 60% deste universo. Hoje examinamos 100%", ressalta a médica Sueli dos Santos Cruz. A especialista atribui a melhora dos índices ao envolvimento e dedicação dos funcionários das unidades básicas, de saúde da família e da rede como um todo, responsáveis pela medicação supervisionada e procura dos pacientes faltosos, inclusive nas residências. O tratamento em Santos é oferecido nas 20 UBS (Unidades Básicas de Saúde), pelas 15 equipes do PSF (Programa de Saúde da Família), no CRT-Santos (Centro de Referência e Tratamento) e ainda nos Ambesp (Ambulatório de Especialidades) do Centro e da Zona Noroeste. Vale ressaltar que 81% dos pacientes acompanhados em 2008 – um total de 306 pessoas - fizeram tratamento supervisionado, que é aquele onde a medicação é ministrada nas próprias unidades de saúde. "O índice é bem superior ao do Estado, que fica em torno de 50%", revela a médica. SINTOMAS Toda pessoa que apresenta tosse há mais de três semanas deve procurar um serviço de saúde. A própria enfermagem pode fazer a coleta do material biológico (escarro) e pedir o exame de baciloscopia. Na entrega do resultado, o paciente será atendido pelo médico. Além de tosse prolongada, são sintomas da tuberculose febre ao entardecer, falta de apetite, suores noturnos, emagrecimento e cansaço fácil. É essencial não abandonar o tratamento porque a bactéria pode desenvolver resistência aos medicamentos e dificultar a cura. "A doença acomete mais as pessoas que por qualquer motivo estão com baixa resistência, entre os quais, diabéticos, vítimas de câncer ou HIV. Mas não é só o mal nutrido ou o desprivilegiado socialmente", alerta a assistente social do Programa, Ivonete Cuntiere, lembrando que a transmissão da tuberculose se dá através do ar.