Trabalhos e estudos dos alunos de escola municipal de Santos são expostos em Feira de Ciências

Nesta terça-feira (31), nos períodos manhã e tarde, a UME Florestan Fernandes (Embaré) estava diferente, desde a entrada até a quadra de esportes, que fica no último andar. Todos os espaços foram preparados para a Feira de Ciências, com exposição de diversos trabalhos desenvolvidos pelos alunos entre fevereiro e outubro deste ano. O evento também está sendo promovido nas demais escolas municipais.

A coordenadora pedagógica da unidade, Andrea Ferreira Garcia Pereira, explicou que a ação envolveu professores, funcionários, alunos e as famílias e reuniu estudos de todos os componentes do currículo. 

“Tivemos uma linha que se baseou na evolução humana. Estamos falando da diversidade, da constituição do homem por meio da ciência, da arte, das questões sociais, como a intolerância, há vários pontos abordados dentro da Feira”, acrescentou. Ela ainda destacou a importância do estudante se enxergar como parte de todo o processo. “Queremos também fortalecer a identidade dos alunos”.

Para o diretor da escola, Paolo Civita, este momento é de coroação do protagonismo dos estudantes. “Eles mostram um pouco do que aprenderam para a comunidade e isso é essencial”.

TRABALHOS 

Sistema Solar, linha do tempo dos alunos, africanidade, cyberbullying, diversidade religiosa, isogravura, saúde bucal foram alguns dos assuntos apresentados nos corredores, pátio, salas de aula e quadra de esportes da escola.

A professora de educação física, Juliana Leão, desenvolveu a temática diversidade. “Eu fiz um trabalho com a dança, falando do cabelo, da autoidentidade, de se gostar, em conjunto com a professora de Arte, a atividade foi chamada de ‘Dança nas Escadarias’”, conta.

“Como a linha central da feira é evolução humana, não podemos falar de evolução sem falar de diversidade, do respeito por si e pelo outro”, completou.

Ela ensaiou danças para serem apresentadas durante a feira, no período da manhã. O 3º ano exibiu a canção ‘Meu Cabelo’ (Carol Roberto) e o 6º ano, ‘Cabelo’ (Gal Costa). Além disso, a educadora realizou atividade com paraquedas cooperativo na quadra da escola.

Aluna do 3º ano, Isabella Nascimento, 9, gostou muito de participar da ação e da dança. “A Feira de Ciências animou os alunos”. Lorena Balilla, 9, participou da mesma coreografia. “Muito bom mostrar para todo mundo o que fazemos aqui na escola”.

Atuando em conjunto com Juliana, a professora de Arte, Leidie Patrício Monteiro, contou sobre a sua experiência. “A proposta foi mostrar a influência africana na cultura do Brasil, utilizando diversos recursos. Com os 3º, 4º e 5º e 6º anos falamos sobre a questão dos cabelos, também envolvendo o componente de Ciências. Foi um processo muito rico".

Ela diz que escutou das mães: “que bom que você vai trabalhar sobre esse assunto, porque a minha filha não gosta do cabelo dela. É importante trazer a beleza que existe em cada pessoa, da valorização de cada um”. 

Para a feira, ela preparou painéis com fotos e cortina de fitas que representam os cabelos. A educadora abordou símbolos africanos com os estudantes do 7º ano.    

As memórias de Santos também foram tema das turmas de 6º e 7º anos, com a orientação da professora de língua portuguesa, Thais Ferreira. “Recebemos doação de revistas do Instituto Geográfico de Santos, que serviram de material. Os alunos fizeram pesquisas e formularam perguntas sobre o que gostariam de saber sobre a Cidade, como ‘Por que os prédios são tortos’, entre outras. Eles ainda foram atrás de familiares e professores para a produção de vídeo com história oral, exibido na feira”, explicou. Todo o conteúdo também deu origem a um quiz para os visitantes do evento testarem seus conhecimentos sobre o Município.

Carolina Timoteo, 11, do 6º ano, disse que aprendeu muito com o trabalho. “Gostei mais da parte de pesquisar, descobri coisas que não sabia”.

Esta iniciativa contempla o item 4 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU: Educação de Qualidade. 
Conheça os outros itens dos ODS.