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Trabalho infantil é tema de capacitação para funcionários de cemitérios de Santos

Publicado: 28 de setembro de 2022 - 18h18

Diálogo, sensibilização e conscientização. É sobre esse tripé que deve se basear o enfrentamento ao trabalho infantil, de acordo com a psicóloga Raquel Cuellar do Nascimento e a socióloga Taís Viudes de Freitas, que nesta quarta-feira (28) ministraram a quarta e última atividade da capacitação voltada aos funcionários dos três cemitérios municipais (Areia Branca, Filosofia e Paquetá). A atividade, promovida pela Coordenadoria de Cemitérios (Cocem), foi uma parceria das secretarias de Serviços Públicos (Seserp) e de Desenvolvimento Social (Seds).

A atenção se volta para a proximidade do Dia de Finados, em 2 de novembro, data em que as famílias contratam a limpeza das campas, serviço muitas vezes repartido ou repassado a jovens e até a crianças, conforme explicou Raquel Nascimento, coordenadora do Serviço de Abordagem Social a Crianças e Adolescentes, da organização social ASPPE - Pesquisa, Prevenção e Educação. “O trabalho infantil traz principalmente consequências físicas, emocionais e educacionais”, frisou.

PRÁTICA HISTÓRICA 

Fruto sobretudo de aspectos socioeconômicos e culturais, o problema é uma prática histórica no país, conforme frisou Taís de Freitas, técnica de referência das Ações Estratégicas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, da Seds.

Ambas abordaram também aspectos da legislação, problematizaram os mitos em torno do trabalho infantil e apresentaram um panorama da situação no Brasil.

Na sequência, elas focaram na política municipal de assistência social, a criação do #trabalhoinfantil e os serviços locais que atuam no enfrentamento ao trabalho infantil. Entre eles está a abordagem social nas vias públicas, identificando as situações de risco de crianças e adolescentes, fazendo um trabalho de construção de vínculo e encaminhamento para a rede de atendimento e proteção.

ENVOLVIMENTO  

Raquel do Nascimento e Taís de Freitas elogiaram a participação da equipe da Coordenadoria dos Cemitérios, da Seserp (Secretaria de Serviços Públicos), interessada em compreender as consequências do trabalho infantil, como ele se manifesta na Cidade e formas de combater o problema.

Bento da Silva Filho, responsável pela Cocem, destacou a importância da capacitação dos servidores. “É sempre necessário ampliar os conhecimentos para o aperfeiçoamento dos serviços prestados à população”, comentou.

No caso do trabalho infantil, frisou, é preciso um novo olhar sobre a questão: “A limpeza de campas é um serviço familiar, passando dos pais para os filhos. E com a proximidade da celebração do Dia de Finados, esta prática fica mais evidente”.