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Tpm será tema da 2ª semana de combate à depressão na mulher

Publicado: 30 de outubro de 2003
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Prossegue nessa sexta-feira (31), no Instituto da Mulher (Avenida Conselheiro Nébias, 439), a 2ª Semana de Combate à Depressão com palestra, às 8 horas, com o neurologista e psiquiatra da Usp, Primo Paganini, que falará sobre a disfunção sexual causada pela depressão e pelos antidepressivos. O enfoque deste ano é a depressão feminina. Um tema de grande interesse, a insônia – dará prosseguimento ao ciclo, voltado a profissionais da Saúde e interessados, com apresentação da pesquisadora do Centro de Medicina do Sono da Escola Paulista de Medicina, Dalva Poyares. Encerrando a jornada falará a psiquiatra da Escola Paulista de Medicina, Luciana Yamagushi, num balanço das principais causas da depressão na mulher. Quinta-feira (30), o representante da Secretaria de Saúde (SMS), juntamente com o representante da Coordenadoria da Saúde Mental, fizeram a abertura da Semana de Combate à Depressão, que está inserida no calendário oficial da Prefeitura. A ginecologista e propedêutica da Faculdade de Medicina da Unimes, a professora Andréia Cristina de Freitas Rodrigues Guidone abordou a Tensão Pré-Menstrual – TPM. Em seguida, o psiquiatra e professor da Unimes, Sidney Gaspar falou sobre a depressão e psicose pós-parto, citando ainda a tristeza pós parto, que é uma ocorrência comum e costuma acontecer de dois ou três semanas após o nascimento do bebê, desaparecendo porém, em poucos dias, sem necessidade de medicação, mas com orientação e apoio. Esse período de tristeza é caracterizado por choro freqüente, irritabilidade, ansiedade, fadiga e cansaço. Já a depressão tem sintomas mais acentuados e entre fatores de risco aparecem partos difíceis, com complicações obstétricas, desarmonia conjugal, falta de suporte social, como por exemplo desemprego do marido, mães solteiras e adolescente e a primiparidade (1o filho). A psicose pós-parto tem quadros semelhantes a pacientes que sofrem de esquisofrenia e transtornos afetivos bipolares, trazendo entre sintomas, inquietação, fadiga, irritabilidade, preocupação excessiva com a criança e pode evoluir para estado de confusão mental. Há casos em que a mulher apresenta delírios, achando que o filho está morto, que ela é infiel ou que é ainda virgem, e muitas vezes ouve vozes mandando matar o filho ou se matar. Os delírios podem ser causados também por causas orgânicas, tais como infecção, interferindo também fatores estressantes. Nesses casos de delírio 4% chegam a matar o filho e 5% se suicidam. O coordenador do Pró-Mulher do Instituto de Psiquiatria da Usp, o médico Joel Rennó Jr, expôs aspectos peculiares da depressão feminina, em três fases distintas, e relacionadas à flutuação hormonal, a tensão pré-menstrual, a depressão pós-parto e a depressão perimenopausa, por volta dos 45 anos. Contribuem fatores genéticos, desenvolvimento de personalidade, histórico familiar, biológicos e físicos.