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Terceira idade resgata alegria de viver nos centros de convivência

Publicado: 21 de outubro de 2009
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As histórias de Elza, Cida, Sílvio, Luciano, Francisca e Rosa são como a de qualquer pessoa - de bons e maus momentos -, mas eles encontraram nos centros de convivência da terceira idade da prefeitura a oportunidade de melhorar sua qualidade de vida, valorizando os vínculos familiares e comunitários e preservando seu bem-estar físico e emocional. Isabel Garcia (Rua Barão de Paranapiacaba, 14, Encruzilhada), Vida Nova (Av. Presidente Wilson, 143, 3º andar, José Menino) e Zona Noroeste (Rua Gilberto Franco Silva, 317, Caneleira). São nesses espaços que, segundo contam, resgatam a alegria de viver a cada dia. Idealizados para prevenir o isolamento social no processo de envelhecimento, o grande desafio do trabalho nos três equipamentos ligados à Seas (Secretaria de Assistência Social) é despertar o protagonismo dessas pessoas em suas atividades, para que descubram o quanto podem contribuir com sua experiência. As atividades oferecidas são norteadas em cima do desejo dos participantes. Durante o ano, participam de terapia comunitária, palestras de reflexão e conscientização, festas temáticas e de diversas oficinas culturais, físicas e manuais, como bordado, tricô, inglês, espanhol, coral, teatro, danças flamenca e do ventre, ginástica, alongamento, pintura em tela, bijuterias, entre outras, além de ações em parceria com universidades. "O trabalho nos centros de convivência contribui para a valorização dos idosos, pois permite a troca de experiências e saberes", afirmou a chefe do Departamento de Proteção Social Básica, Denise Conde. Os participantes também se apresentam em eventos pela cidade, com os de grupos de dança de diferentes estilos, entre os quais o 'Força e Vida (country), Aisha (do ventre) e Una Rosa (flamenca), e o Grupo Show Charme (Cantores do Rádio). PROTAGONISTAS Elza Cincinato Conde, 76 anos, é uma das 1.350 participantes ativas do Isabel Garcia. Fazendo tratamento de quimioterapia, ela encontra na família e nas amizades que fez no local a força para sua recuperação. "Isso aqui é uma bênção, me ajuda muito para eu não ficar em casa triste, pensando. Minha família também me ajuda muito", conta ela, que participa das festas, do grupo de dança e da pintura. "Com tudo isso, tiro a doença de letra. Não perdi minha alegria de viver". Entre os 1.300 que frequentam assiduamente o Vida Nova está o casal Cida Loretto, 72 anos, e Sílvio Godinho, de 79, que se conheceram em um baile no local. Juntos há 11 anos, disseram que foi amor à primeira vista. "Quando vi o Sílvio, me encantei. Ele estava distintamente com uma calça preta e cabelo lavado. Já frequentava e gostava daqui, depois, conhecendo-o, sou apaixonada. Para mim, aqui é a casa da vovó, é aconchegante. Sente o cheirinho do café, é o café da vovó!". E eles não perdem os bailes. "Toda sexta dançamos aqui. Também assistimos a palestras e reuniões. Estamos muito felizes", diz Cida. Mãe e filha, Francisca e Rosa Ribeiro de Souza, 85 e 53 anos, respectivamente, participam juntas da oficina de culinária no Caneleira, onde há cerca de 200 participantes ativos. "O que eu aprendo, faço em casa para vender, é uma renda extra. Fora que faço amizades, são horas muito boas que passamos aqui", afirma Rosa. Sua mãe, dona Francisca, também faz pintura em tecido, ginástica geriátrica e terapia comunitária, mas gosta mesmo é de dançar nas festas temáticas. "Fico muito contente, é divertido". DJ Ele se aposentou e entrou em depressão. De aluno a voluntário, Luciano dos Santos, de 59, é o DJ do Isabel Garcia há cinco anos. "Me trouxeram aqui e comecei a fazer dança de salão. Em uma semana a depressão foi para o espaço. Não sei mais o que é remédio para isso". Aprendeu a dançar e por gostar de música - é rockeiro, apreciador de ‘Pink Floid’, ‘Beatles’, Eric Clapton e de ‘blues’ -, se envolveu tanto que se tornou o responsável pelo som dos bailes, aulas e apresentações que ocorrem no local e pela cidade. "Monto todo o repertório, que vai de Roberta Miranda, Luís Miguel, Elymar Santos a Beethoven, em ritmo de bolero. Amo ser DJ. Dinheiro nenhum paga o fato de a pessoa me dizer que coloquei uma música que mexeu com ela. É um trabalho que não troco, é a minha vida. Peguei esse baile com quatro pessoas, hoje vêm umas 300". Informações sobre inscrições pelos telefones: 3251-2096 (Vida Nova), 3223-4193 (Isabel Garcia) e 3299-2912 (Zona Noroeste).