Temperaturas altas do verão exigem cuidados redobrados com crianças
Os dias e as noites quentes de verão exigem cuidado redobrado com bebês e crianças devido aos riscos de desidratação e da incidência, nesse período, de doenças gastrointestinais. Um adulto perde mais de 2 litros a cada 24 horas em situações normais por meio da urina, fezes, respiração e transpiração, segundo o pediatra e chefe do Departamento de Atenção Pré-Hospitalar e Hospitalar, da Secretaria de Saúde, Marco Sérgio Duarte.
“No verão, isso sobe mais ainda e as crianças desidratam mais depressa. Se não é feita uma reposição adequada de líquidos, ocorre o desequilíbrio. Por isso é bom evitar ambientes fechados e com pouca ventilação”.
O conselho do médico é fazer a reposição de líquido (água) constantemente, dar preferência aos alimentos leves, cuidado com os perecíveis porque a conservação é menor e usar roupas leves, que auxiliam a perder menos líquido pela pele, medida que vale também para a hora de dormir para evitar maior transpiração.
“Quem amamenta exclusivamente o bebê, precisa oferecer mais vezes o leite materno e quando já faz uso de complemento, pode oferecer água também”.
Sintomas
Os sinais clássicos da desidratação são olhos encovados (olheiras profundas), mucosa seca, choro sem lágrima, pele emborrachada, apatia e choro fraco. A primeira medida é hidratar oralmente, de forma fracionada, a cada 20 minutos e procurar ajuda médica.
O médico também não aconselha crianças de até 1 ano a frequentarem praia, mesmo nos horários considerados de menor risco. “A pele delas é vulnerável a qualquer inseto, areia e, além disso, podem sem querer engolir água do mar”.
Foto: Arquivo Secom / Susan Hortas