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Teleassistência santista garante atendimento rápido após idosa sofrer queda em casa

Publicado: 16 de maio de 2022 - 14h41
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Wilma Athayde Martins, 89, mora sozinha há sete anos no bairro Marapé. Assim que se mudou, passou a utilizar o serviço do Programa Televida, da Prefeitura de Santos, que precisou ser acionado pela primeira vez em fevereiro deste ano. Apertando o botão de sua pulseira, ela garantiu atendimento rápido após uma queda ao sair do banheiro, que resultou na fratura do fêmur direito.

“Se não fosse o Televida, a gente só teria ficado sabendo no dia seguinte”, relata a neta de Wilma, a advogada Carolina Martins Zanella, que mora no mesmo prédio da avó, assim como sua mãe, o que facilitou a chegada ao apartamento, após receberem a ligação da central do programa informando sobre o acidente.

A ida ao hospital só não foi mais rápida porque a família preferiu chamar uma ambulância particular, do convênio médico de Wilma. "A espera era de quatro horas, então retornamos à central do Televida e eles nos ajudaram chamando o Samu. Depois que eles ligaram lá, a ambulância chegou bem rápido", conta.

Segundo a coordenadora de Atenção Domiciliar da Secretaria Municipal de Saúde e responsável pelo Programa Televida, Rúbia Valente, o procedimento é acionar primeiramente a família; depois o Samu, em caso de ocorrências mais graves; a Polícia ou Corpo de Bombeiros, caso a situação seja emergencial, como em situações onde a porta se encontra trancada e a ajuda não consegue chegar até a vítima.

A ideia de colocar a avó no programa de teleassistência municipal foi de Carolina, que levou cerca de três meses para acessar o serviço, desde o momento que levou os documentos até a instalação do aparelho viva-voz. “A atendente da policlínica disse que tem gente que não quer esperar e desiste, mas existe todo um procedimento e há alguns requisitos em que a pessoa precisa se encaixar para ser beneficiada. É um serviço gratuito, tão bom, que não dá para acreditar que as pessoas não usam”, disse Carolina.

A neta de Wilma teve a ideia de colocar a avó na teleassistência municipal

Foi por este aparelho viva-voz que a central conversou com Wilma no momento do acidente. “Assim que eu caí, senti que tinha machucado e que não ia conseguir levantar, então chamei ajuda pelo aparelho no meu pulso. As atendentes da central ficaram comigo o tempo todo, dizendo para eu ficar calma que estavam chamando a minha família e perguntando como eu estava me sentindo”. A aposentada passou por uma cirurgia e ainda se recupera da lesão.

Para Wilma e Carolina, o serviço significa “tranquilidade”. “É um sossego, porque eu sei que ela está assistida, sei que se precisar, meu telefone vai tocar”, declarou a neta. “É um aparelho que nos salva, nos protege, e que não é para ser tirado nem na hora do banho. Temos que dormir e acordar com ele, porque ele é a nossa segurança”, finalizou Wilma.

Para Dona Wilma e sua família, Televida é sinônimo de tranquilidade

TELEVIDA

O Televida é um sistema de teleassistência gratuito oferecido pela Prefeitura de Santos a idosos com mais de 60 anos, que possuam alguma doença crônica e que morem sozinhos ou passem a maior parte do tempo sem companhia em suas moradias.

"Começou como um projeto-piloto, em 2013, com atendimento limitado a 50 idosos. Nós percebemos que os usuários se sentiam muito mais seguros e isso fez com que, em 2015, se tornasse uma política pública, disponibilizada gratuitamente apenas na cidade de Santos. É um conforto emocional, de acionamento rápido, que gera resultados super positivos e que, hoje, consegue atender até 500 pessoas", declarou a coordenadora de Atenção Domiciliar.

ATENDIMENTO

Por meio de um botão de emergência (à prova d'água) localizado em pulseira ou colar, o usuário aciona, automaticamente, a central de atendimento, que funciona 24 horas, relatando o que está sentindo por meio de sistema viva-voz conectado em toda a casa a partir de aparelho instalado em telefone fixo.

Os atendentes avaliam a situação do paciente após a realização de algumas perguntas e, se necessário, acionam pessoas da lista de contatos do idoso, estabelecida em sua entrada no programa, ou o Samu, Corpo de Bombeiros ou Polícia, em casos emergenciais. A central também entra em contato semanalmente para verificar o funcionamento do aparelho, além de fazer perguntas sobre a condição de saúde do usuário.

Usuário aciona botão de emergência localizado na pulseira ou no colar

INSCRIÇÃO

Para se inscrever no Televida, o idoso, familiar ou amigo próximo deve procurar a policlínica de referência da moradia do interessado em ingressar no programa. É necessário que o paciente seja acompanhado pela unidade de saúde há, pelo menos, seis meses.

Após a solicitação de entrada no programa, um agente comunitário de saúde realiza visita domiciliar na residência do solicitante para confirmação dos dados informados na policlínica. O programa não aceita pacientes com doenças neurológicas como Alzheimer e demência, por não serem capazes de operar o serviço corretamente.

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