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Técnicos da Prefeitura e pesquisadores atualizam Plano Municipal de Mudança do Clima de Santos

Publicado: 5 de novembro de 2019
16h 31

No primeiro semestre de 2020 será apresentada a primeira atualização do Plano Municipal de Mudança do Clima de Santos (PMMCS), construído em 2015. Para isso, nesta terça-feira (5), ao longo de todo o dia, técnicos da Prefeitura e pesquisadores que compõem a Comissão Consultiva Acadêmica (CCA), especialistas que têm o litoral paulista como área de estudo, se reuniram no Orquidário, no José Menino, durante seminário sobre o assunto promovido pela Comissão Municipal de Adaptação à Mudança do Clima (CMMC).

Divididos em grupos, eles debateram os atuais 12 eixos do plano e analisaram projetos e fontes de financiamento, públicas e/ou privadas, para o enfrentamento do tema. Além de técnicos da CMMC, participaram pesquisadores de instituições da região e do Estado como Unicamp e USP, e de órgãos como Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama).

De 2015 até agora, os especialistas identificam, nos últimos anos, intensificação de chuvas concentradas, deslizamentos, elevação do nível do mar, recorrência de eventos extremos como ressacas e até eventos contrários como maré seca. “Temos observado a concentração de chuvas intensas em curto período. O volume de chuva já demonstra alteração do comportamento climático, bem como elevação das marés. Essa combinação é um grande desafio para cidades costeiras. Um dos objetivos é fazer esse ajuste de foco e buscar ações práticas de mitigação”, afirmou o secretário de Meio Ambiente, Marcos Libório.

“A participação da academia é fundamental para que possamos aprimorar os dados de pesquisa com as políticas públicas relacionadas ao plano”, acrescentou.

DIMINUIÇÃO DOS IMPACTOS

Uma das participantes, a pesquisadora de pós-doutorado da Universidade Católica de Santos (UniSantos), Fabiana Barbi, considera fundamental o diálogo entre ciência e política. “É o que pode garantir a efetividade da implementação de planos como esse que a Prefeitura está propondo, porque o tema das mudanças climáticas é permeado por muitas incertezas. No momento em que você traz toda a produção de conhecimento gerada pela academia, há chance de diminuir um pouco essas incertezas e garantir que a Cidade se adapte aos impactos causados por essas mudanças”.

O PLANO

O plano santista surgiu com o decreto 7.293/2015, que criou a CMMC, responsável por apresentar a primeira versão do PMMCS, em dezembro de 2016, no Teatro Guarany. O primeiro seminário de atualização do PMMCS aconteceu em novembro do ano passado.

Sob coordenação da Semam, o plano tem apoio do Ministério do Meio Ambiente (MMA), por meio do Projeto de Apoio ao Brasil na Implementação da Agenda Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (ProAdapta), e do governo da Alemanha, por meio do Deutsche Gessellschaft fur Internationale Zusammenarbeit (GIZ). “Santos é uma referência por já ter tido o projeto Metrópole, pelos estudos, pela comunidade científica engajada e pelo apoio da Prefeitura para trazer boas práticas replicáveis. Que a Cidade possa iluminar caminhos para outros municípios e estados, e para o mundo”, disse Paula Moreira, da GIZ.

Quem quiser contribuir pode encaminhar sugestões e dúvidas para análise da comissão pelo e-mail ccmc@santos.sp.gov.br.