Soldados se formam em curso de padaria artesanal do Fundo Social de Santos

Uma turma com dez alunos, que estão servindo as Forças Armadas, se formou no curso de padaria artesanal ‘Pães Diversos’ do Fundo Social de Solidariedade (FSS) de Santos. Os soldados, que receberam os certificados na tarde desta quinta-feira (15), estão na faixa etária de 18 a 22 anos e são responsáveis pela cozinha do quartel onde prestam serviço, também conhecida por eles como “rancho”.

“A gente sempre busca colocar no ‘rancho’aqueles que já tenham atuado na área, mas quando não têm essa experiência e, mesmo assim, se enquadram nos perfis, são qualificados, recebendo instruções em várias áreas como carnes, comida japonesa e árabe, padaria, confeitaria, etiqueta, entre outras”, explicou o cabo Lucas Souza, representante da turma que também participou do curso.

Eles tiveram três dias de aula com a professora Maria Judite Pereira Carneiro e o chef de cozinha Jeff Silva, que os ensinaram a preparar uma série de pratos, como bolo sem glúten e lactose, pastel de forno, pudim de pão e de mandioca, pão de milho, fogazza, cookies, rocambole de goiabada e torta de banana.

“Sempre buscamos a parceria de alguns cursos profissionalizantes, visando qualificar a mão de obra dos nossos militares também para a vida profissional deles pós-Exército. A grande maioria está servindo temporariamente, então é preciso prepará-los para essa reinserção na sociedade”, disse o capitão De Oliveira, representante do comando do quartel.

A presidente do FSS, Maria Ignez Barbosa, parabenizou a dedicação e a organização dos alunos na cozinha. “Esse curso foi muito importante para nós porque é uma oportunidade de conviver com esses jovens. No mundo em que vivemos hoje, de tanto ódio e brigas, você vê que ainda existe uma luz no final do túnel, porque eles têm carinho pelo que fazem e isso é muito gratificante”.

CONHECIMENTOS

O soldado Nicolas Fernandes da Silva, de 20 anos, conta que sempre gostou de fazer receitas em casa. Quando descobriu que essa área também existia no quartel, logo se interessou. Agora, busca aprender o máximo possível para poder aplicar os conhecimentos quando deixar as Forças Armadas. “Esse curso foi muito interessante porque nós aprendemos coisas novas, recebemos dicas e aprimoramos o que já sabíamos. Às vezes, a mudança de apenas um ingrediente já altera toda a receita", disse Nicolas.

Já Felipe Dias Félix, 21, entrou no “rancho” por acreditar ser uma boa área, onde aprenderia coisas interessantes e diferentes e, por isso, aprovou a oportunidade de complementar suas habilidades no Fundo Social. "É um curso bem bacana, me animei desde o primeiro dia e me mantive atento a cada detalhe, porque é isso o que faz a diferença”.

Fotos: Raimundo Rosa.