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Sms volta a discutir amanhã na unimes os dados da saúde no centro

Publicado: 16 de julho de 2001
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As peculiaridades da saúde na área central da Saúde, onde os índices de doenças transmissíveis, tais como a tuberculose e Aids, além da mortalidade infantil são muito altos, voltarão a ser analisadas no II Fórum de Saúde do Centro, que será realizado amanhã (18), a partir das 14 horas, no auditório da Unimes (Rua Constituição). A universidade está integrada ao projeto do Executivo e da Secretaria de Saúde de melhorar o atendimento à população da área central, compreendida pelos bairros Paquetá, Vila Nova, Centro e Vila Mathias, especialmente nos três primeiros, onde proliferam cortiços e condições ambientais desfavoráveis. E várias ações estão programadas com meta de mudar esses índices. A Coordenadoria da Saúde Coletiva, acredita que em agosto já deverão a começar a atuar no Centro quatro equipes do Programa de Saúde da Família. Os integrantes já estão sendo selecionados e capacitados. Cada equipe do PSF é formada por um médico, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem, seis agentes de saúde, um oficial administrativo, um dentista e um auxiliar de consultório dentário. O Centro já vem sendo atendido, desde o ano passado pelo Programa de Agentes Comunitários – Pacs - que já cadastrou quase 4 mil famílias que aceitaram receber o acompanhamento. Um universo de cerca de 20 mil pessoas deverá ser atendido pelo PSF, estando também em estudo pela secretaria a instalação de uma unidade básica na área Central, que no caso só daria atendimento para as famílias cadastradas, mantendo todos os serviços previstos pelos programas de saúde - da Criança, do Adolescente, Saúde da Mulher, da seção DST-Aids-Hepatite entre outros. Os representantes destes programas também estarão presentes na reunião de amanhã, assim como técnicos da Secretaria de Ação Comunitária e Cidadania (Seac) que mantém serviços específicos de atendimento na área central, entre os quais, Casa do Trem e Espaço Meninas. MORTALIDADE INFANTIL Segundo dados divulgados pela Seviep – Seção de Vigilância Epidemiológica, do Programa Recém-Nascido de Risco, referentes ao ano passado, a mortalidade infantil, de 0 a um ano, em Santos apresenta índices muito desfavoráveis no Centro, sobretudo em relação ao restante da Cidade, que é de 14 mortes por mil nascidos em 2.000. O programa de acompanhamento de pré-natal às gestantes têm sido intensificado nessa região, assim como o de busca ativa de mulheres que não comparecem às consultas. No Departamento da Orla, englobando 11 bairros, o índice é de 9.7 mortes por mil nascidos ( 2.784 nascimentos e 27 óbitos). No Departamento da Zona Noroeste é de 14.8 (l.622 nascidos e 24 óbitos). No Departamento dos Morros de 17.0 (1.119 nascidos vivos e 19 óbitos). Na Área Continental índice zero de óbitos em 50 nascidos vivos. Já no Departamento do Centro o índice é de 24.4 se forem computados os quatro bairros (Centro, Paquetá, Vila Mathias e Vila Nova), totalizando 492 nascimentos e 12 óbitos no ano passado. Mas se for analisado individualmente o bairro do Centro, o coeficiente é de 53.3 (75 nascimentos e 4 óbitos), enquanto que no Paquetá é ainda pior: 57.l (70 na nascidos e 4 óbitos). Já a Vila Mathias tem índice melhor 10.0 (201 nascimentos e dois óbitos) e a Vila Nova l3.7 (146 nascimentos e 2 óbitos). Já no caso da Aids, a situação do Centro é ainda mais preocupante. Dos 4.405 casos de Aids registrados pela Vigilância Epidemiológica em Santos, l.027 são do Departamento do Centro, com número altíssimo de mulheres portadoras do HIV. Enquanto em toda a Cidade, até o final do ano passado, a proporção de mulheres contaminadas pelo HIV era de l.300 contra 3.l05 portadores masculinos, nos bairros que compõe a área central, a proporção é de 588 homens e 439 mulheres totalizando l.027 portadores, representando 23,3l% dos casos da Cidade, numa área pouco povoada. Isso representa um índice de 4.248 portadores por grupo de 100 mil habitantes, o quíntuplo da incidência média da Cidade. Somente o bairro do Centro tem 468 portadores da doença, razão pela qual há serviços específicos direcionados a essa população, inclusive programa de redução de danos voltados a pessoas que utilizam drogas.