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Sms quer o cadastramento no sus com dados confiáveis e muita qualidade

Publicado: 9 de outubro de 2001
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A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) iniciou, nesta semana, pelos bairros do Estuário e Macuco, o cadastramento da população de Santos para o recebimento do cartão-SUS. Esses bairros, pela heterogeneidade da população, em relação ao tipo de moradias, situação social, escolaridade e nível de renda, servirão como piloto para o trabalho que será realizado em toda a Cidade, até julho de 2002, inclusive para correção de falhas e das estratégias utilizadas. O cadastramento só terá sucesso se houver ampla participação da população, razão pela qual vários detalhes foram criteriosamente estudados. Cada membro de cada família de Santos será cadastrado no SUS com direito a seu cartão magnético individual, que será utilizado toda vez que o munícipe necessitar algum tipo de atendimento, em qualquer parte do País. Os cartões serão enviados pelo Ministério da Saúde, no próximo ano, quando terminar a etapa do cadastramento do Município. O objetivo dessa nova sistemática é dar um melhor atendimento ao cidadão, que terá todo o histórico de sua saúde acessado, quando o cartão passar num equipamento próprio, inclusive com os medicamentos que utiliza. Paralelamente, facilitará a organização dos serviços e a gestão dos recursos do SUS, além do ressarcimento de gastos quando o munícipe for de outra cidade. É um trabalho mais complexo que o censo do IBGE, resume uma das coordenadoras do programa, Marli Luciano Bezerra, da SMS, que tem graduação em Matemática e Administração, e percorreu, nos últimos meses, vários municípios dos 44 onde houve experiências pilotos. Vários cadastramentos foram muito mal sucedidos, pela adoção de estratégias equivocadas, explica Marli, destacando os cuidados que o Município tomou ao escolher os agentes comunitários de saúde para essa tarefa. Ela está atuando ao lado da Coordenadoria da Saúde Coletiva do Programa de Agentes Comunitários da Saúde (Pacs). Juntas, pretendem acompanhar o trabalho dos 220 agentes do Pacs, no cumprimento das metas estabelecidas pelo Ministério da Saúde. Em Santos, o objetivo é cadastrar pelo menos 60% da população, até julho do próximo ano, ou seja 250.666 pessoas. Mas é possível que o Município supere esses números, e até antes do prazo. PRIMEIRO OS DOMICÍLIOS Na última segunda-feira, a primeira equipe de 10 pessoas do Pacs, saiu às ruas depois de ter passado por treinamento, no período da manhã, no salão da Igreja de São Benedito, dentro da reunião rotineira de trabalho. Ontem, mais 10 iniciaram a tarefa, com saída da Igreja Nossa Senhora Aparecida, e hoje outros 10 agentes estarão visitando moradias, após o treinamento. Em razão da experiência que já possuem no trabalho do PACs, sobretudo na ética de abordagem da população, respeitando seus costumes e valores, o treinamento que poderia levar até um mês, pôde ser feito numa manhã. O cadastramento, também será uma forma da população valorizar o trabalho dos agentes comunitários, que estão atuando há um ano numa tarefa muito importante, no monitoramento da população e nos cuidados voltados à Saúde preventiva. Eles trabalham uniformizados, com roupas azul marinho ou verde amarelo, e sempre com crachás. Em caso de dúvida, a população pode acionar o telefone da Saúde Coletiva, 3219-2420 ramal 223 ou 226. DOCUMENTOS É FUNDAMENTAL Cartazes e folhetos estão sendo distribuídos em toda a Cidade, explicando os objetivos do programa e pedindo a colaboração da população. Os agentes foram orientados sobre a forma correta do preenchimento de dois questionários distintos, um para o domicílio e outro para os moradores de cada residência. Cada moradia estará sendo visitada dentro do trabalho normal desenvolvido pelo programa na orientação à saúde. Um dado importante é a necessidade de apresentação de documento de identidade para cada um dos membros da família. O RG é documento essencial, mas na falta dele serve Certidão de Nascimento, Certidão de Casamento ou Carteira de Trabalho. Também é importante que outros documentos sejam fornecidos, como Cic e Pis-Pasep, na medida que quanto mais dados houver, menos problemas acontecerão em caso de homônimos. Ontem, ao abordar os cuidados que o Município tomou, ao longo dos últimos meses para se preparar para essa importante tarefa, de âmbito nacional, o secretário de Saúde explicou que o trabalho será desenvolvido sem pressa, embora haja uma estimativa de que cada agente venha a realizar 10 cadastramentos de domicílio, diariamente. Nessa primeira fase, o trabalho dos agentes será o de preencher os formulários de domicílios, identificando-os na área onde trabalham (cada agente normalmente cuida de 200 famílias já cadastradas no Pacs). Essa identificação, independentemente da adesão ou não dos moradores, precisa ser feita para dar subsídio às condições de vida de cada um. No questionário sobre domicílio figuram, por exemplo, qual o tipo de construção, madeira, taipa, alvenaria, se há fornecimento de água, qual o tipo de rede, energia, esgotamento sanitário, entre outras informações que determinam a qualidade de vida familiar. Já nos dados pessoais de cada membro aparecem referências à situação familiar e conjugal (com companheiro ou não, com filhos ou não, com outras pessoas), escolaridade, raça, profissão, entre outros dados. Até o final do ano, haverá o cadastramento dos moradores dos bairros onde há equipes do Pacs: Estuário, Macuco, José Menino, Jabaquara, Marapé, Valongo, toda a Zona Central (Vila Nova, Paquetá e Vila Mathias), Morros e a Zona Noroeste, sem contar a Área Continental que também tem equipe própria. Numa segunda etapa, esses mesmos 220 agentes atuarão nos demais bairros e na Orla.