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Sms promoverá reunião sobre obesidade nas escolas

Publicado: 24 de junho de 2003
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O resultado da pesquisa sobre prevalência da obesidade infantil, que registrou índices preocupantes em Santos, será apresentado oficialmente pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para as escolas públicas e particulares, no próximo dia 3, em reunião, no auditório do Banco do Brasil (Rua XV de Novembro, 195, 10º andar). Às 9 horas, o encontro reunirá representantes das escolas públicas, e a partir das 10h30, será para as escolas particulares. Todos os diretores e assistentes de direção das 78 escolas que colaboraram com o levantamento estão sendo convidados, sendo que na etapa seguinte haverá comunicação aos pais. A pesquisa, feita em conjunto com a Universidade São Marcos e Centro de Atendimento de Apoio ao Adolescente da Unifesp, contou com a supervisão de um dos maiores especialistas em obesidade, o nutrólogo e pediatra Mauro Fisberg. Até o final do ano, também será concluída pesquisa sobre hipertensão, com apoio da Unilus, que em dados preliminares já apontou que existe em Santos centenas de casos de crianças com pressão elevada. Novas medições estão sendo realizadas nas escolares que apresentaram resultados alterados, mas já se estima que entre 3% a 7% do universo de 10.800 crianças pesquisadas tenham esse problema. O encontro já traçará algumas sugestões para enfrentar esse problema de saúde pública no âmbito das escolas e de orientação aos pais, envolvendo mudança nos hábitos alimentares, aumento das atividades físicas, especialmente na hora do recreio, além de incentivo para as cantinas trabalharem com produtos menos calóricos, como sucos, frutas, gelatinas, iogurtes. Entretanto, 85% dos maus hábitos alimentares das crianças se originam no lar e no lazer, tais como consumo de salgadinhos, excesso de lanches gordurosos e muito refrigerante e pipoca, além de vida sedentária, com muitas horas defronte ao computador e televisão. Também serão abordados alguns dos projetos que serão desenvolvidos pelo Poder Público Municipal, entre os quais a Criação de um Centro de Obesidade Infantil, que trabalhará com equipe multiprofissional, reunindo endocrinologista, nutricionista, professor de Educação Física, cardiologista e psicólogo. Os pediatras da rede municipal também passarão por treinamento, para que possam orientar os pais na dieta ideal associada a programa de atividades físicas. MUDANÇAS URGENTES Nas escolas particulares, onde houve avaliação de 2.839 alunos, foram constatados 19,94% de crianças de sete a 10 anos com sobrepeso e 25,04% com obesidade. Ou seja, 44,98% de crianças, nessa faixa etária, já apresentam riscos de desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão, além de problemas de postura e doenças osteoarticulares. Nas escolas públicas, o problema é menos grave, porém, também preocupante. Foram avaliadas 7.983 crianças, sendo que 14,28% apresentaram sobrepeso e 15,50%, obesidade. Levantamentos anteriores realizados no País, registravam, no máximo, um índice entre 7 a 8% de obesidade, sendo que o aceitável é que haja até 5% de obesos nessa faixa etária. A pesquisa, feita entre 10 de setembro a 25 de dezembro de 2002, avaliou peso, estatura, perímetros corporais, dobras cutâneas e pressão arterial de cada aluno. Numa segunda etapa, após a conclusão do estudo de hipertensão, serão feitos exames complementares nas crianças que apresentaram resultados alterados. Serão feitos exames bioquímicos tais como colesterol, glicemia, trigicérides, ácido úrico e novas avaliações de pressão arterial.